CRIME BRUTAL
Triplo homicídio no Subúrbio: trabalhadores de telecomunicações protestam em Salvador
Vítimas foram encontradas com marcas de tiros e pés e mãos amarrados no Alto do Cabrito

Por Luan Julião e Victoria Isabel

Trabalhadores do setor de telecomunicações realizam um protesto na manhã desta quinta-feira, 17, em frente à Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), no Centro Administrativo da Bahia (CAB). A manifestação pede justiça pelo triplo homicídio ocorrido no bairro Alto do Cabrito, no Subúrbio Ferroviário de Salvador e mais segurança para a categoria.
O crime aconteceu na noite da última terça-feira, 16, quando as vítimas, trabalhadores de uma empresa provedora de internet, foram encontradas em via pública com marcas de disparos de arma de fogo na cabeça, sinais de tortura e com as mãos amarradas.
Durante o ato, Luana Ribeiro, representante do grupo, afirmou que o protesto simboliza indignação e luto. “Esse movimento foi criado para demonstrar indignação e, acima de tudo, luto. Cada vez está mais difícil trabalhar no ramo de telecomunicações, pois não temos segurança alguma, e isso gera medo nos trabalhadores”, disse em entrevista a Radio Sociedade.
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Ela também destacou que a violência contra a categoria não é um fato isolado. “Isso não está acontecendo apenas por causa do que ocorreu ontem, mas por outros acontecimentos que vêm se repetindo diariamente, enquanto tentamos apenas realizar nossas atividades operacionais”, completou.
As vítimas foram identificadas como:
- Ricardo Antônio da Silva Souza, de 44 anos
- Jackson Santos Macedo, de 41 anos
- Patrick Vinícius dos Santos Horta, de 28 anos
Motivação do crime
Segundo um representante de uma das empresas do setor, que preferiu não se identificar, há suspeita de que o crime esteja relacionado à atuação de facções criminosas. De acordo com o relato, o Comando Vermelho (CV) teria implantado em Salvador e na Região Metropolitana um esquema semelhante ao do Rio de Janeiro, com cobrança de taxas sobre serviços de telecomunicações.
Ainda segundo a fonte, a facção já impõe a cobrança de R$ 15 por cada cliente atendido mensalmente. Além dessa taxa, o grupo passou a exigir também 40% do lucro anual das empresas que atuam em áreas sob seu domínio.
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