ADEUS AO LÍDER ESPÍRITA
Vereadores cumprem minuto de silêncio pela morte de Divaldo Franco
Morte do maior líder espírita da Bahia mobilizou a Câmara Municipal de Salvador
Por Gabriela Araújo

A morte do líder espírita, Divaldo Franco, mobilizou a sessão ordinária da Câmara Municipal de Salvador (CMS) na tarde desta quarta-feira, 14. Antes de iniciar os debates, o presidente Carlos Muniz (PSDB), pediu o cumprimento de um minuto de silêncio como homenagem póstuma ao médium.
“É natural que venha acontecer isso, mas todos nós ficamos sentidos com a morte do professor, escritor, espírita, como ele gostava de ser chamado, Divaldo Franco. Então, queria pedir a todos um minuto de silêncio pela morte dele”, declarou Muniz.
A primeira a se manifestar durante os registros foi a vereadora Marcelle Moraes (União Brasil), que abriu a rodada de discussão endossando os lamentos sobre o óbito do líder religioso. No púlpito, a edil, que também se diz “espírita” falou sobre o legado deixado por Divaldo.
“Ontem a sua partida foi pega de surpresa para todo nós, mas eu não posso dizer que foi uma partida triste, porque eu tenho certeza que o céu está em festa com a chegada desse grande líder espiritual, que deixa um legado de amor, de respeito e doação ao próximo aqui na terra”, disse a vereadora.
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Divaldo Franco morreu na noite de terça-feira, 13, por volta das 21h45, devido a uma falência múltipla dos órgãos. Hoje, o corpo dele foi velado, em cerimônia simples, na Mansão do Caminho, localizada no bairro de Pau da Lima, na capital baiana.
Outras homenagens
O tributo ao líder espiritual se estende aos equipamentos públicos de Salvador. Nesta quarta-feira, 14, o prefeito Bruno Reis (União Brasil ) autorizou que a sede do novo Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Modelo, em Brotas, recebesse o nome do médium.
A homenagem é fruto do projeto de indicação do vereador Paulo Magalhães (União Brasil), conforme o próprio edil afirmou durante discurso no Centro Cultural da Câmara.
Na mesma linha do colega, o vereador Omarzinho (PDT) disse que protocolou um projeto de indicação na casa legislativa para que o Hospital Maternidade, que ainda não foi concluído, leve o nome do religioso.
Seguindo a tendência, o vereador Anderson Ninho (PDT), também protocolou hoje um projeto de indicação para batizar outro equipamento público como Divaldo Franco. Desta vez, a sugestão foi que a nomenclatura seja utilizada na Policlínica da Pau da Lima, que deve ser construída pelo Executivo municipal.
Título de Cidadão Soteropolitano
Maior líder espírita da Bahia, o médium Divaldo Franco, natural da cidade de Feira da Santanta, já foi condecorado pela Câmara Municipal de Salvador (CMS) com o Título de Cidadão da Cidade do Salvador, a mais alta honraria do Legislativo Soteropolitano, em 1985. A homenagem é concedida a pessoas nascidas fora da capital baiana e que tenham prestado relevantes serviços ao município.
Saúde debilitada
O quadro de saúde do médium se tornou bastante delicado nos últimos meses. Ele havia finalizado seu tratamento contra um câncer de bexiga, mas começou a apresentar complicações como dificuldades em se hidratar e manter uma alimentação adequada. Com isso, foi preciso implementar uma sonda gástrica para que Divaldo recebesse os nutrientes necessários.
O diagnóstico do câncer veio em novembro de 2024, após um desconforto urinário. Em dezembro, ele iniciou o tratamento com sessões de radioterapia, associadas a uma ‘pequena dose’ de quimioterapia. Em meio ao tratamento, Divaldo seguia com suas atividades habituais no Centro Espírita Caminho da Redenção (CECR), que integra a famosa Mansão do Caminho, seu trabalho social de maior fama.
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