CONVITE INDIGESTO?
Convite do PP não seduz vereadores do PDT de Salvador; entenda
Edis aguardam diálogo com executivas do partido para decidirem futuro político
Por Gabriela Araújo

As portas abertas do PP aos membros do PDT, até o momento, não surtiram efeito entre os vereadores da sigla. O líder do partido na Câmara Municipal de Salvador (CMS), vereador Omarzinho, diz esperar as conversas entre as executivas para tomar uma decisão sobre o seu futuro partidário.
“É com grande satisfação que recebemos esse convite desse grande amigo que é Cacá, secretário de governo e ex-deputado federal, mas, até o momento, não há essa intenção. Até porque ainda vão existir os diálogos junto com a Executiva estadual e municipal do PDT para que a gente tome a decisão no momento certo”, disse o edil na tarde desta segunda-feira, 12, na casa legislativa.
Desde que a aliança foi selada, os vereadores da sigla sequer foram convidados para dialogar com as direções da legenda, segundo afirmou o edil. O encontro ainda segue sem data definida para acontecer.
“A gente ainda não teve essa conversa, mas nós estamos vendo tudo o que está acontecendo na esfera nacional, a esfera estadual, o deputado Félix tem tratado, mas na esfera municipal, até o momento, não há nenhuma diretriz de mudança”, afirmou Omarzinho.
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Apesar do desejo do governador Jerônimo (PT) em ter os edis da capital baiana na base governista, os legisladores afirmam que permanecerão caminhando com o prefeito Bruno Reis (União Brasil). A mesma opinião é compartilhada pelo deputado estadual Penalva e o federal Leo Prates, que segue resistente à união.
“Nós já reafirmamos o nosso compromisso em estar caminhando junto com o prefeito e a vice-prefeita nesse projeto de sucesso em Salvador, e com fé em Deus, de sucesso na Bahia”, disse.
As declarações de Omarzinho levam em conta o convite feito pelo presidente municipal do PP, Cacá Leão, durante entrevista ao programa Boa Tarde Bahia, da Band, para o ingresso dos pedetistas no partido.
Contrários
Em contrapartida, o vereador do PP, Sidninho, demonstrou contrariedade à adesão dos dissidentes do PDT à sigla. Isso porque o edil se diz desassistido pelo próprio partido e é crítico à gestão do dirigente municipal.
“Fica difícil falar em nome de uma federação, de um partido, PP, quando eu, membro do partido eleito, ainda não me sinto contemplado por esse partido. Um tanto quanto audacioso esse convite a outros correligionários para o ingresso. Até porque não se abre janela”, contou o vereador aos jornalistas.
O legislador também diz acreditar que a migração de qualquer colega para a legenda pode se tornar “perigosa” devido à falta de abertura da janela partidária. Na avaliação do vereador, o convite soou como “irresponsabilidade” política em razão da federação com o União Brasil.
“Os cinco vereadores do PP ainda estão vendo como serão abarcados nessa estrutura partidária. Então, a gente tem que fazer política com muita responsabilidade, a gente não pode sair por aí gargarejando, chamando vereadores, deputados, senadores, para dentro e uma agremiação que ainda não está resolvido”, concluiu.
Sidninho, por sua vez, é um dos responsáveis pelo motim contra a sigla. Em fevereiro deste ano, o edil chegou aafirmar no plenário do Paço Municipal que estava de saída do partido.
Até o momento, a saída não foi sacramentada. Questionado sobre a possibilidade de abandonar a agremiação, ele disse: "Meu projeto para Câmara Federal, ele existe e está em andamento. Tenho conversado com lideranças e grupos do interior. Quando eu tiver segurança dessa possível saída, irei buscar o caminho".
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