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Voto partidário explica vantagem de Bruno na Atlasintel, diz analista

Colunista do Grupo A TARDE, Pedro Menezes falou ao Isso É Bahia sobre 1ª pesquisa para eleição de Salvador

Publicado terça-feira, 12 de março de 2024 às 10:12 h | Atualizado em 19/03/2024, 14:40 | Autor: Lucas Franco
Novo colunista do Grupo A TARDE, Pedro Menzes falou sobre resultado da pesquisa para a eleição municipal feita pela AtlasIntel/A TARDE
Novo colunista do Grupo A TARDE, Pedro Menzes falou sobre resultado da pesquisa para a eleição municipal feita pela AtlasIntel/A TARDE -

O favoritismo de Bruno Reis (União Brasil) na eleição para prefeito de Salvador em 2024, constatado na primeira pesquisa AtlasIntel/A TARDE, pode ser explicado pelo comportamento ideológico do eleitorado de Salvador.

A afirmação foi feita pelo analista político e colunista do Grupo A TARDE, Pedro Menezes, em entrevista ao programa Isso É Bahia, da Rádio A TARDE FM (103.9), na manhã desta terça-feira, 12.

"Esse debate partidário é feito de maneira local, inclusive a polarização municipal se dá muito mais entre carlismo e anticarlismo do que entre grupos nacionais", afirma o comentarista.

Para justificar seu ponto de vista, Pedro deu exemplo das últimas cinco eleições na capital baiana. "Em 2004, João Henrique foi disputar o segundo turno com César Borges, que tinha uma rejeição muito grande. Ninguém queria votar em um candidato carlista", contextualizou.

>>Liderança folgada de Bruno deixa pouco espaço para reviravoltas

"ACM Neto chega ao poder em 2012 mesmo com a herança carlista, que era muito pesada. Mas existia uma rejeição maior ao PT", continuou. Desde que foi instituída a reeleição no Brasil, em 1997, nenhum prefeito de Salvador que se candidatou à reeleição perdeu a disputa.

As vitórias de Antônio Imbassahy (PSDB) em 2000, na época do PFL; João Henrique (PL) em 2008, na época do MDB; e ACM Neto (União Brasil) em 2016, na época do Democratas, mantiveram a escrita. Bruno Reis é favorito para ser o quarto prefeito reeleito na capital baiana. "Hoje, a oposição não consegue sequer manter os votos de Jerônimo [Rodrigues (PT)]", continuou.

Depois da entrevista na rádio, em entrevista ao Portal A TARDE, Pedro Menezes alegou que há dois tipos de votos: o ideológico e o personalista. "Você tem um voto partidário, em que geralmente o eleitorado se importa muito mais com o grupo do político em questão, e há o voto personalista, em que se pensa mais no candidato em questão", explicou.

"O que a gente observa em Salvador é um voto partidário, tanto negativo, que pode ser anticarlista ou antipetista, como um voto positivamente partidário, que pode ser petista ou carlista", continuou.

"O grupo carlista está muito mais forte e isso explica a liderança do atual prefeito Bruno Reis. De fato, existe uma percepção positiva do eleitor sobre o projeto político que ele representa", concluiu.

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