POLÍTICA
Bolsonaro culpa Moraes por indiciamento: "Ajustou depoimentos"
Ex-presidente foi indiciado por suposto envolvimento em trama golpista
Por Redação
Após ser indiciado pela Polícia Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) responsabilizou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, pela ação e criticou a atuação do magistrado na Corte. Moraes é o relator do processo na Suprema Corte.
“O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei", disse o ex-presidente, em entrevista à coluna Paulo Cappelli, do portal Metrópoles.
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O ex-mandatário foi indiciado pelos agentes federais na tarde desta quinta-feira, 21, por tentativa de assassinato ao então presidente eleito Lula (PT), seu vice Geraldo Alckmin (PSB) e o magistrado.
No relatório final das Operações Tempus Veritatis e Contragolpe, a PF apontou abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado e organização criminosa.
Bolsonaro afirmou que vai aguardar as instruções do seu advogado para tratar o caso e disse que precisa analisar o conteúdo do indiciamento dos agentes federais.
“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, concluiu.
Além do ex-mandatário, outros 36 integrantes do seu governo foram indiciados pela PF por tentativa por suposto envolvimento em planejamento de golpe de Estado nesta quinta-feira, 21. Na última terça, 19, a corporação prendeu quatro militares e um policial federal envolvidos no caso.
Veja pronunciamento
- Jair Bolsonaro se manifestou após ser indiciado pela Polícia Federal (PF) por suposto envolvimento num planejamento de golpe de Estado após a vitória de Lula, em 2022. Em conversa por telefone com a coluna Paulo Cappelli, o ex-presidente concentrou suas críticas no ministro…
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) November 21, 2024
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