POLÍTICA
Bolsonaro no STF: quais são os cenários possíveis após o julgamento?
Condenação, absolvição ou prisão domiciliar: entenda o que pode ocorrer com Bolsonaro após o julgamento

Por Flávia Requião

O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus no Supremo Tribunal Federal (STF), referente à investigação sobre um plano de golpe de Estado após as eleições de 2022, começa nesta terça-feira, 2.
O caso está sendo analisado pela Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Alexandre de Moraes (relator), Cristiano Zanin (presidente), Flávio Dino, Luiz Fux e Cármen Lúcia.
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Confira os réus do núcleo 1 da trama golpista:
- Jair Bolsonaro, ex-presidente;
- Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil no governo de Bolsonaro, candidato a vice-presidente em 2022;
- Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente;
- Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-presidente da Abin (Agência Brasileira de Inteligência);
- Almir Garnier, almirante de esquadra que comandou a Marinha no governo de Bolsonaro;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro;
- Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) de Bolsonaro e
- Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa de Bolsonaro.
O que pode acontecer?
Os réus poderão ser condenados ou absolvidos — decisão que será tomada por maioria, ou seja, três votos são suficientes para definir o resultado.
Em caso de condenação, as defesas ainda poderão recorrer, e a pena — que pode chegar a 43 anos de prisão — só começa a ser cumprida após o esgotamento de todos os recursos.
O grupo responde por golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
Ao todo, foram reservadas cinco sessões para o julgamento, que devem ocorrer nos dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro e os réus não precisarão comparecer presencialmente ao julgamento na Suprema Corte.
Entre as hipóteses mais prováveis apontadas por especialistas está a manutenção da prisão domiciliar de Bolsonaro, especialmente devido à idade e às condições de saúde do ex-presidente, fatores que podem influenciar a pena.
Bolsonaro está cumprindo prisão domiciliar desde o último dia 4 de agosto, após descumprir medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.
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