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Bolsonaro diz ser difícil privatizar Petrobras: "Leva 4 anos"

Presidente da República voltou a questionar lucros da empresa: “Ganância enorme”

Publicado segunda-feira, 06 de junho de 2022 às 12:41 h | Atualizado em 06/06/2022, 14:05 | Autor: Da Redação
"Tem que modular isso aí, não pode simplesmente quem pagar mais levar”, disse Bolsonaro sobre ideia de privatizar a Petrobras
"Tem que modular isso aí, não pode simplesmente quem pagar mais levar”, disse Bolsonaro sobre ideia de privatizar a Petrobras -

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), afirmou que a privatização da Petrobras, algo defendido por setores do seu governo, "dificilmente será implantada" já que, de acordo com ele, demandaria muito mais tempo do que o previsto.

"É muito difícil. Conversei com o ministro das Minas e Energia [Adolfo Sachsida]. Ele tem essa intenção, deu o pontapé inicial, mas dificilmente isso vai para frente”, disse o pré-candidato à reeleição, na manhã desta segunda-feira, 6, em entrevista ao canal Agro+, da Band.

Ponto crítico do fim da sua gestão, o aumento do preço dos combustíveis, que tem levado diversos setores a demonstrar insatisfação com a prática de preços da estatal, tem feito Bolsonaro ir ao ataque contra a Petrobras. Nas últimas semanas, o presidente afirmou que a empresa teria uma "ganância enorme" e lucros exagerados.

Conversas sobre o assunto têm acontecido frequentemente com Sachsida, segundo Bolsonaro. “Tem que modular isso aí, não pode simplesmente quem pagar mais levar”, argumentou. Ao admitir os elevados preços dos combustíveis, o presidente da República voltou a responsabilizar a estatal. 

“Estamos tentando alterar isso. Substituí o ministro das Minas e Energia, que quer mudar agora toda a Petrobras, mas há uma dificuldade, reunião de conselho, uma burocracia enorme, e demora isso daí. Esperamos que até lá não haja um novo aumento de combustíveis”, afirmou.

Há alguns meses, ministros de Bolsonaro chegaram a defender programa de subsídio ao diesel. Em Salvador, a tarifa de ônibus aumentou R$ 0,50 devido à não aprovação do subsídio nacional de R$ 5 bilhões às gratuidades dos idosos em Brasília, segundo o prefeito Bruno Reis (UB).

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