EM RISCO
Binho Galinha vai ser cassado? Ivana aguarda Justiça para tomar decisão
Deputado estadual é considerado forgaido da Polícia Federal depois de nova operação

Por Gabriela Araújo

O caso do deputado estadual Binho Galinha (PRD), foragido da Polícia Federal (PF) — após a operação “Estado Anônimo” na última quarta-feira, 1º — continua movimentando os corredores da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).
A presidente Ivana Bastos (PSD) se pronunciou sobre o assunto nesta sexta-feira, 3, mas manteve a cautela ao ser questionada sobre o destino do parlamentar na casa. A pessedista diz que manterá a decisão seguindo o rito legal da Constituição.
“A Casa ainda não foi comunicada. Não temos nenhuma comunicação oficial, mas a Casa manterá seu compromisso com o regimento da Casa. Não há dúvida de que faremos o que rege nosso regimento e a Constituição”, disse, durante a entrega da Comenda 2 de Julho ao ex-vereador de Salvador, Edvaldo Brito (PSD).
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O caso do deputado estadualiniciou em 2023, com a Operação El Patrón, deflagrada pela PF com apoio do Ministério Público da Bahia (MP-BA). Isso porque o parlamentar é apontado como líder de uma organização criminosa.
Ele é investigado pelos seguintes crimes:
- Lavagem de dinheiro por meio do jogo do bicho;
- Agiotagem;
- Extorsão;
- Receptação qualificada.
Diante do cenário, surge a expectativa por uma movimentação do Conselho de Ética da Casa, instalada há mais de um ano e meio e presidida pelo deputado estadual Vitor Bonfim (PV). De lá para cá, sempre quando questionado sobre o assunto, o verde sempre adotou uma postura evasiva.
Relembre o caso
Em dezembro de 2023, o deputado estadual Binho Galinha foi um dos alvos da então recém-deflagrada operação "El Patrón". O parlamentar é suspeito de liderar uma organização criminosa, especializada na lavagem de capitais advindos de jogo do bicho, agiotagem, extorsão, receptação qualificada, desmanche de veículos, entre outras infrações penais, atuante em Feira de Santana e cidades vizinhas.
A investigação começou após recebimento de ofício encaminhado pelo MP-BA, relatando graves ilícitos penais que estariam sendo perpetrados na região. Com o aprofundamento das diligências, colheram-se elementos probatórios que revelaram a participação dos indiciados num grupo miliciano e evidenciaram parte de sua estrutura, inclusive o seu poderio econômico.
A primeira fase da operação resultou em seis prisões. Entre os capturados estão três policiais militares:
- Jackson Júnior;
- Roque Carvalho;
- Josenilson Conceição.
Além deles, João Guilherme, Jorge Piano e Mayana Silva, também tiveram mandados de prisão preventiva cumpridos durante a ação. João Guilherme e Mayana são filho e esposa do parlamentar e apontados como integrantes da organização criminosa
O órgão ao todo, denunciou 14 pessoas: Kléber Cristian Escolano de Almeida (Binho Galinha), Thierre Figueiredo Silva, Nilma Carvalho Pereira, Ruan Pablo Pereira Carvalho, Alexandre Pereira dos Santos, Washington Martins Silva, Mayana Cerqueira da Silva, João Guilherme Cerqueira da Silva Escolano, Jorge Vinícius de Souza Santana Piano, Jackson Macedo Araújo Júnior, Vagney dos Santos Aquino, Josenilson Souza da Conceição, Roque de Jesus Carvalho, Bruno Borges França e Kleber Herculano de Jesus.
À época, o parlamentar se pronunciou, afirmando estar "à inteira disposição da Justiça da Bahia" para esclarecer o assunto.
"Mantemos nossas atividades pessoais e legislativas sem alteração. Confio na Justiça e estou à disposição para dirimir dúvidas e contribuir quanto à transparência dos fatos. No mais, dizer que nosso jurídico está tomando as devidas providências para junto à Justiça prestar os esclarecimentos", disse o deputado em nota.
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