POLÍTICA
Deputado baiano polemiza e quer evangélicos nas ações do Novembro Negro
"Eixo estrito às religiões de matriz afro", disse o parlamentar

Por Gabriela Araújo

O deputado estadual Jurailton Santos (Republicanos) quer incluir os evangélicos ou simpatizantes da religião cristã nas ações promovidas pelo governo da Bahia e prefeitura de Salvador sobre o Novembro Negro. Segundo ele, as medidas ficam restritas às religiões de matrizes africanas.
"Uma vez que é contumaz que projetos voltados para essa vertente tenha um eixo estrito às religiões de matriz afro”, disse o parlamentar.
A solicitação do parlamentar foi apresentada na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) e ao prefeito da capital, Bruno Reis (União Brasil), e à secretária municipal de Cultura e Turismo, Ana Paula Matos (PDT).
“A presente proposição tem por finalidade fomentar a valorização das práticas religiosas de natureza cristã exercidas pelo público afrodescendente, e até o momento não inclusas na aludida programação”, afirma o legislador.
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Para o republicano, cabe ao poder público estabelecer as seguintes medidas para todos os públicos:
- políticas de enfrentamento ao racismo;
- de incentivo à cultura;
- de justiça e reparação social.
No pedido encaminhado ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) e ao secretário de Cultura, Bruno Monteiro, o depurado defende “uma celebração que de fato consiga valorizar a população negra baiana em todas as suas extensões, sem exceções”.
“É notável que o escalar e ascensão da religião cristã em território baiano, com enfoque especial ao protestantismo, a partir da década de 70, se deu majoritariamente pelos esforços e pertinácia da população preta pertencente aos mais diversos panoramas sociais, estruturas familiares e composições financeiras, assim, formando a base solidificada de fiéis e adeptos ao longo dos anos”, completou.
Sugestões
Como alternativa para incluir o grupo nas ações, o deputado Jurailton Santos sugeriu que o governo Jerônimo crie o projeto Novembro Bahia Território Afro, como forma de ampliar a programação do evento promovido na capital baiana.
Vereador choca ao detonar feriado da Consciência Negra: "Divide a nação"
O vereador Edvaldo Lima (União Brasil), de Feira de Santana, criticou a lei que transformou o Dia da Consciência Negra, celebrada no dia 20 de novembro, em feriado nacional, classificando-a como “racista e preconceituosa”.
Durante sessão na Câmara Municipal na quarta-feira, 12, Lima — que se autodeclarou pardo nas eleições de 2024 — afirmou que o feriado “seria apenas para os negros” e acusou a gestão federal de “dividir a nação”.
“Essa lei que o nobre vereador falou é racista. O feriado é só para os negros. Os brancos que se acabem trabalhando. Isso é um desrespeito, uma lei irresponsável feita no Congresso Nacional”, declarou.
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