PROPOSTA
Diretor da PF diz que dinheiro das bets pode financiar segurança
Andrei Passos participou de audiência pública na Câmara para debater a PEC da Segurança

Por Redação

Andrei Passos Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal, disse nesta segunda-feira, 3, que o dinheiro arrecadado com empresas de apostas, as bets, tenha mais prioridade no financiamento de ações de segurança pública.
O chefe da PF participou de uma audiência pública na Câmara para debater a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança. A proposta, que aumenta o papel da União na área e é de autoria do governo, é relatada pelo deputado Mendonça Filho (União Brasil-PE). A comissão especial é presidida pelo deputado Aluisio Mendes (Republicanos-MA).
“Sempre nos preocupa e começo por uma fala do deputado Fraga, que comenta da questão das bets, do aumento do percentual para a segurança pública. Isso é uma pauta central e viria não só para a Polícia Federal, mas para todas as polícias do Brasil. Viria de maneira muito alvissareira para que a gente tivesse um aumento, sabendo da rentabilidade dessas bets, e que ajudaria muito”, declarou o diretor da PF.
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O governo tentou aumentar a taxação das bets por meio de uma Medida Provisória, mas não houve acordo com o Congresso. Apesar disso, o Poder Executivo tenta retomar a iniciativa com outro projeto.
A fala do chefe da PF acontece em meio a repercussão da operação policial que matou mais de 120 pessoas no Rio de Janeiro. A sugestão de aumentar o dinheiro das bets destinado para a segurança foi dada pelo deputado Alberto Fraga (PL-SP), coordenador da Frente Parlamentar de Segurança, conhecida como bancada da bala.
PEC da Segurança
Após a operação policial mais letal do Rio de Janeiro, o governo passou a cobrar a Câmara que a PEC da Segurança seja votada o quanto antes. Na comissão especial, Andrei Rodrigues pregou a aprovação da proposta do governo.
“O interesse de todos é melhorar a segurança pública, qualificar o enfrentamento ao crime organizado, promover a melhor integração e coordenação das ações de segurança. Temos dito, o ministro (da Justiça) Lewandowski e eu, em todos foros que participo, que o crime organizado deixou de ser local e é transacional”, disse o chefe da PF.
A ideia é que o texto seja analisado pela comissão especial no início de dezembro e que o plenário vote o texto na sequência.
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