SATISFAÇÃO
Fux acolheu tese da defesa, diz advogado de Bolsonaro
Ministro votou pela absolvição do ex-presidente por todos os crimes apontados pela acusação

Por Redação

Celso Vilardi, um dos advogados que integra a defesa de Jair Bolsonaro (PL) no julgamento sobre a trama golpista, avaliou que o voto do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, acolheu os argumentos da defesa.
O ministro votou pela absolvição do ex-presidente por todos os crimes apontados pela acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR). O órgão queria a condenação do ex-presidente pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.
Para Vilardi, o voto do ministro foi "absolutamente técnico" e abordou as provas de forma exaustiva. Ele ressaltou que "acolheu a íntegra da tese da defesa".
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Fux entendeu que os atos praticados por Bolsonaro, quando ele estava na Presidência da República, não podem ser entendidos como crimes. Segundo o ministro, Bolsonaro apenas cogitou medidas e "não aconteceu nada".
O ministro acolheu ainda a alegação de cerceamento de defesa apresentada pelos advogados dos réus da ação penal e votou pela anulação do processo.
Apesar do entendimento do ministro, o placar pela condenação de Bolsonaro está 2 votos a 1. Os votos pela condenação foram proferidos ontem pelos ministros Alexandre de Moraes, relator da ação penal, e Flávio Dino.
Resultado
Além de Bolsonaro, Luiz Fux votou pela absolvição de Almir Garnier, Alexandre Ramagem, Paulo Sérgio Nogueira, Augusto Heleno e Anderson Torres das acusações da Procuradoria-Geral da República (PGR) relativas à tentativa de golpe de Estado.
Ele votou pela condenação de Mauro Cid e Walter Braga Netto apenas pelo crime de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O julgamento será retomado nesta quinta-feira, 11, às 14h, com o voto de Cármen Lúcia.
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