RECADO
Haddad: Lula não se submeterá a “humilhação” com Trump
Em audiência, o ministro da Fazenda disse que Lula “anda de cabeça erguida” e não aceitará imposições em um eventual encontro com mandatário dos EUA

Por Redação

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira, 24, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não se exporá a “nenhum tipo de humilhação” em caso de uma reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
A declaração foi feita durante audiência na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, em resposta a uma provocação do deputado Evair de Melo (PP-ES), que sugeriu que Lula deveria “implorar” a Trump para discutir as tarifas impostas a produtos brasileiros.
Lula não vai se dispor a esse tipo de humilhação
"O Lula anda de cabeça erguida. Ele sabe da origem humilde que tem, mas sabe se fazer respeitar, como está fazendo agora, fazendo o Brasil ser respeitado", disse Haddad.
Possível encontro virtual
A expectativa de uma reunião entre Lula e Trump ganhou força após declarações do norte-americano, que sinalizou a possibilidade de uma conversa virtual na próxima semana. Embora ainda não haja detalhes sobre a pauta, analistas acreditam que as tarifas aplicadas a produtos brasileiros, especialmente do agronegócio, devem ser o principal tema do diálogo.
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Haddad rechaçou a ideia de que Lula precise “suplicar” por concessões, afirmando que o presidente brasileiro “não precisa de lição de diplomacia de ninguém” e comparando a postura atual com a do ex-presidente Jair Bolsonaro, que, segundo ele, teria se colocado de forma subserviente diante de Trump.
"Fiquei feliz quando ele disse que pintou uma química entre nós", diz Lula em coletiva na ONU
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reagiu positivamente ao aceno de Donald Trump na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), e afirmou, nesta quarta-feira, 24, que deve conversar com o chefe de Estado americano nos próximos dias. A margem para diálogo foi colocada em pauta durante coletiva de imprensa para balanço da participação do Brasil na reunião.
Lula reforçou a linha usada no seu discurso, na terça, 23, e disse ter usado o momento para tratar de temas considerados essenciais. Ao responder sobre a fala de Trump, que declarou ter sentido uma 'química' com o brasileiro, o petista pontuou que Brasil e Estados Unidos possuem interesses em comum, o que pode facilitar o entendimento entre eles.
"Eu tive uma outra satisfação de ter um encontro com o presidente Trump. O que parecia impossível se tornou possível, e fiquei feliz quando ele disse que pintou uma química entre nós. Como eu acho que a relação humana é 80% química, é muito importante essa relação. Eu torço para que dê certo, são as duas maiores democracias do continente. Temos muitos interesses no debate sobre a questão digital, interesse na questão comercial", afirmou Lula.
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