VOTAÇÃO
Licença-paternidadade: apenas 5 deputados baianos foram contra destaque polêmico
Maioria dos votos contrários vieram de deputados do PCdoB e PDT

Por Anderson Ramos

A Câmara dos Deputados aprovou, na sessão desta terça-feira, 4, o projeto de lei que amplia de cinco para 20 dias o tempo da licença-paternidade. Como houve mudanças na proposta original de autoria do Senado, o Projeto de Lei 3935/08 retornará à Casa devido às mudanças aprovadas hoje na forma do substitutivo do relator, deputado Pedro Campos (PSB-PE).
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O projeto foi aprovado em votação simbólica, isto é, sem necessidade de registro formal dos deputados e é definida após consenso entre os líderes de partidários da Câmara.
Durante análise, a proposta teve a inclusão do destaque que exigia a comprovação do nexo com o parto.
A ideia, apresentada pelo partido Avante, foi aprovada na Câmara, mas contou com votos contrários de deputados do PCdoB e PDT, partidos de esquerda alinhados com o governo Lula, que trabalha pela aprovação da matéria.
"O texto aprovado permita ao pai estender a licença para acompanhar a internação da mãe ou da criança, mas exigia para isso, a obrigação de se de comprovar que a internação teria “nexo com o parto”. Era preciso excluir essa exigência formal", explica o PCdoB em nota.
O destaque foi aprovado com 377 votos favoráveis e 50 contrários. Dos 39 membros da bancada da Bahia, 26 votaram pela aprovação do item, e apenas cinco rejeitaram. Outros oito parlamentares baianos não votaram.
Veja foram os votos dos deputados federais baianos:
Sim
- Alex Santana - Republicanos
- Bacelar - PV
- Capitão Alden - PL
- Charles Fernandes - PSD
- Claudio Cajado - PP
- Dal Barreto - União Brasil
- Diego Coronel - PSD
- Gabriel Nunes - PSD
- Ivoneide Caetano - PT
- João Leão - PP
- Jorge Solla - PT
- José Rocha - União Brasil
- Joseildo Ramos - PT
- Josias Gomes -PT
- Leur Lomanto Júnior - União Brasil
- Lídice da Mata - PSB
- Neto Carletto - Avante
- Otto Alencar Filho - PSD
- Pastor Sargento Isidório - Avante
- Paulo Azi - União Brasil
- Paulo Magalhães - PSD
- Raimundo Costa - Podemos
- Ricardo Maia - MDB
- Roberta Roma - PL
- Valmir Assunção - PT
- Zé Neto - PT
Não
- Adolfo Viana - PSDB
- Alice Portugal - PCdoB
- Daniel Almeida - PCdoB
- Félix Mendonça Júnior - PDT
- Leo Prates - PDT*
Ausentes
- Antônio Britto - PSD
- Arthur Maia - União Brasil
- Elmar Nascimento - União Brasil
- João Carlos Bacelar - PL
- Márcio Marinho - Republicanos
- Rogéria Santos - Republicanos
- Leur Lomanto Júnior - União Brasil
- Mário Negromonte Júnior - PP
Detalhes do projeto
A proposta prevê um aumento gradual nos dias de licença ao longo de três anos, sendo 10 dias em 2027, 15 dias em 2028 e 20 dias a partir de 2029. Inicialmente, a proposta era de uma progressão para até 30 dias de licença-paternidade, mas não houve acordo entre os deputados para isso.
O impacto de despesas e perda de receitas previsto é de R$ 4,34 bilhões em 2027, quando a licença será de 10 dias. Esse impacto chegaria a R$ 11,87 bilhões em 2030, se a licença fosse de 30 dias.
Uma das novidades em relação à licença-maternidade é a permissão para o trabalhador dividir, a seu pedido, em dois períodos iguais a licença, exceto em caso de falecimento da mãe.
O primeiro período deve ser usufruído imediatamente após o nascimento, a adoção ou a obtenção de guarda judicial. Já o período restante deve começar a ser tirado em até 180 dias depois do parto ou adoção.
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