TENSÃO
Mota ameaça suspender mandato de deputados que ocupam Mesa Diretora
Parlamentares exigem que “pacote da paz” seja votado
Por Rodrigo Tardio

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), tinha marcado sessão no plenário da Casa para esta quarta-feira, 6, às 20h30 (horário de Brasília), mesmo com a ocupação de bolsonaristas no local.
Na reunião com líderes partidários, Motta decidiu que vai presidir pessoalmente a sessão e ameaçou suspender o mandato de deputados que resistirem a sair da Mesa Diretora.
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Os parlamentares de oposição resistem em permanecer ocupando a mesa. O clima no local é de tensão.
A Polícia Legislativa foi convocada para o Salão Verde e mesmo com a chegada do horário previsto, a sessão não foi iniciada.
Pelo acordo firmado no encontro, líderes e Motta vão caminhar lado a lado, da presidência ao plenário da Câmara, em um sinal de união contra o movimento feito por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A decisão de Motta já foi publicada pela Secretaria Geral da Mesa Câmara, que estabelece que deputados que não colaborarem para que a ordem no plenário seja restabelecida, devem sofrer suspensão do mandato por até seis meses.
“Quaisquer condutas que tenham por finalidade impedir ou obstaculizar as atividades legislativas sujeitarão os parlamentares ao disposto no art. 15, inciso XXX, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados (suspensão cautelar do mandato por até seis meses)”, diz a norma publicada.
A oposição, um pouco maís cedo, tinha anunciado que a reunião do grupo com Motta havia terminado sem acordo e que, por isso, manteria a ocupação do plenário.
Após a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro Bolsonaro (PL), bolsonaristas passaram a ocupar as Mesas Diretoras dos plenários da Câmara e do Senado na última terça-feira, 5.
Os parlamentares exigem que “um pacote da paz” seja votado, para só assim pararem de obstruir os trabalhos do Legislativo. As medidas defendidas pelo grupo são: a votação do PL de anistia para envolvidos nos atos antidemocráticos do 8 de Janeiro, o fim do foro privilegiado e o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de Moraes.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), classificou a ação do grupo como “arbitrária” e pediu diálogo. Em uma reunião com líderes, Alcolumbre afirmou que não vai Davi Alcolumbreaceitar “ser chantageado” e marcou uma sessão virtual para esta quinta-feira, 7.
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