Policial baiano que tramou morte de Lula é condenado a 21 anos de prisão

O policial federal baiano, Wladimir Matos Soares, foi condenado a 21 anos de prisão por participar do plano golpista para matar o presidente Lula (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB), e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

A pena, inicialmente em regime fechado, foi definida pela Suprema Corte nesta terça-feira, 18, após a finalização do julgamento do Núcleo 3 da trama golpista, mais conhecido como “kids preto”.

O agora ex-agente da PF deve cumprir 18 anos e seis meses de reclusão e dois anos e seis meses de detenção, além de 120 dias-multa. Na ocasião, Moraes, relator do caso, também pediu o afastamento de Wladimir Matos do cargo.

Saiba quem é Wladimir Matos

Wladimir Matos Soares, de 53 anos, é natural de Salvador e possui 22 anos de serviço na corporação, Wladimir já atuou em diferentes áreas da Polícia Federal e chegou a integrar o setor de inteligência da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), em 2008.

O policial ficou um ano na Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), antes de deixar o órgão. Depois, o agente da PF continuou trabalhando em Salvador e, em seguida, foi transferido para Brasília.

Confira a pena dos outros réus

• Bernardo Romão Corrêa Netto (coronel do Exército): 17 anos de pena privativa de liberdade, sendo 15 anos de reclusão e dois anos de detenção, além de 120 dias-multa.
• Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira (general da reserva): absolvido por falta de provas.
• Fabrício Moreira de Bastos (coronel do Exército): 16 anos de pena privativa de liberdade, sendo 14 anos de reclusão e dois anos de detenção, além de 120 dias-multa.
• Hélio Ferreira Lima (tenente-coronel do Exército): 24 anos de pena privativa de liberdade, sendo 21 anos e seis meses de reclusão e dois anos e seis meses de detenção, além de 120 dias-multa.
• Márcio Nunes de Resende Jr. (coronel do Exército): 3 anos e cinco meses de pena privativa de liberdade, sendo três anos de reclusão e cinco meses de detenção. Se houver interesse da defesa e da PGR, poderá ser firmado um ANPP para evitar pena de prisão.
• Rafael Martins de Oliveira (tenente-coronel do Exército): 21 anos de pena privativa de liberdade, sendo 18 anos e seis meses de reclusão e dois anos e seis meses de detenção, além de 120 dias-multa.
• Rodrigo Bezerra de Azevedo (tenente-coronel do Exército): 21 anos de pena privativa de liberdade, sendo 18 anos e seis meses de reclusão e dois anos e seis meses de detenção, além de 120 dias-multa.
• Ronald Ferreira de Araújo Jr. (tenente-coronel do Exército): 1 ano e 11 meses de pena privativa de liberdade, sendo um ano e seis meses de reclusão e cinco meses de detenção. Regime inicial aberto. Se houver interesse da defesa e da PGR, poderá ser firmado um ANPP para evitar pena de prisão.
• Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros (tenente-coronel do Exército): 17 anos de pena privativa de liberdade, sendo 15 anos de reclusão e dois anos de detenção, além de 120 dias-multa.