CORRIDA PELA VAGA
Saída de ministro do União Brasil gera disputa entre partidos
Celso Sabino já comunicou a Lula que vai deixar o Ministério do Turismo, após imposição do seu partido

Por Redação

Partidos já disputam a vaga que será deixada por Celso Sabino no Ministério do Turismo. Segundo O Globo, interlocutores do Palácio do Planalto disseram que há algumas possibilidades à mesa para a substituição, em uma negociação que também está relacionada com a campanha presidencial de 2026.
Caso opte pela continuidade e por manter Sabino mais próximo à gestão, Lula pode optar pela secretária-executiva da pasta, Ana Carla Machado Lopes. O PDT também já manifestou o desejo de assumir mais um ministério — ocupa a Previdência atualmente, com Wolney Queiroz. O desejo do PDT foi externado diretamente ao presidente em almoço com a bancada no Palácio da Alvorada na quarta-feira, 17.
Ainda segundo a publicação, no Palácio do Planalto, os cálculos feitos quanto ao provável substituto envolvem ainda o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), que pretende manter um nome do seu estado à frente da pasta às vésperas da COP30, que ocorre em novembro, em Belém. Sabino é aliado de Helder no Pará e pretende concorrer ao Senado na chapa com o governador paraense.
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Parlamentares do PT, por sua vez, defendem a nomeação do presidente da Embratur, Marcelo Freixo. Pesa contra ele, no entanto, a disposição em concorrer a deputado no ano que vem, o que faria com que tivesse que deixar o posto em abril.
Saída
Após o prazo do União Brasil apertar, o ministro do Turismo, Celso Sabino (União), conversou por telefone com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta sexta-feira, 19, para comunicar que pretende deixar o governo.
O diálogo ocorreu um dia após o presidente da sigla, Antonio Rueda, orientar que os filiados desocupem cargos políticos na gestão Lula em até 24 horas.
Para Rueda, o governo federal causou sua exposição ao, segundo ele, vazar a informação de que seu nome foi incluído em uma investigação da PF (Polícia Federal) que apura uma infiltração da organização criminosa PCC (Primeiro Comando Capital) nos setores financeiros e de combustíveis no Brasil.
Fontes próximas ao presidente afirmam que Lula busca alternativas para manter Celso Sabino no governo. O presidente teria argumentado que o ministro integra sua cota pessoal de indicados e sugeriu que ele se licenciasse ou mudasse de partido. A proposta de licença foi apresentada ao União Brasil, mas recusada.
Antes da conversa com Lula, Sabino se reuniu com Antonio Rueda e ACM Neto, defendendo que permanecer no cargo seria vantajoso para o partido, citando a COP30 como exemplo de vitrine política. Mesmo assim, a cúpula do União Brasil manteve posição inflexível.
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