SALVADOR
Empresária de prédio atingido por fogo no Comércio desabafa: "Vivo por fé"
Incêndio atingiu quatro prédios no bairro do Comércio, em Salvador
Por Bernardo Rego e Luan Julião

O centro antigo de Salvador tem sido castigado nos últimos meses por tragédias sem precedentes. Em fevereiro, um casarão localizado na Rua dos Perdões, no bairro do Santo Antônio Além do Carmo, pegou fogo e deixou o imóvel completamente destruído.
Em junho, este mesmo imóvel desabou parcialmente por causa da sua condição precária. Nas duas ocorrências, não houve feridos. Na noite de quarta-feira, 16, um incêndio de grandes proporções atingiu quatro prédios, mas as causas ainda são desconhecidas.
Em nota, o Corpo de Bombeiros informou que os agentes permanecem realizando o rescaldo e monitoramento nas quatro edificações atingidas por um incêndio no bairro do Comércio, em Salvador. Já são cerca de 32 horas de trabalho ininterruptos. Os imóveis possuem muito material combustível como madeira e papel, o que torna a ocorrência mais delicada.
Segundo informações preliminares, o incêndio teve início no edifício ao lado do local onde funcionava a empresa A Lâmpada, que já estava interditado devido ao risco de desabamento. As chamas se espalharam e atingiram dois prédios vizinhos, incluindo o Edifício Pernambuco.
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Dentro desse contexto, o Portal A TARDE conversou com a empresária e arquiteta Simone Trigo que deu detalhes sobre o incêndio e como pretende fazer para continuar trabalhando no bairro do Comércio, local que ela considera muito "gostoso" e seguro de trabalhar.
"[...] Eu tenho uma promotora de vendas aqui. A gente comprou essas duas salas em outubro, pensando aqui na expansão, na revitalização do comércio. As nossas empresas já estão desde 2017, a promotora de vendas, e eu trabalho como autônoma, como arquiteta. A gente faz esse trabalho de projetos de interiores, projetos arquitetônicos e de instalações também, inclusive de incêndio", pontuou.

Ela disse que comprou as salas em outubro e entrou no prédio em fevereiro. "Fazia quatro meses que eu estava curtindo todo esse sonho realizado. E aqui, a gente pode dizer o quê? Que estou abatida, realmente, por tudo que está acontecendo, mas não me sinto destruída. Eu vivo por fé e a gente está de pé com tudo isso. A minha equipe é muito legal. O pessoal todo ontem aqui estão agora trabalhando em home office", afirmou.
Segundo a empresária, a sua maior preocupação é com o servidor, que tem muitos dados de clientes, projetos atuais os projetos antigos e toda a documentação que, segundo ela, a empresa tem uma responsabilidade civil.
"Estamos aqui aguardando agora futuramente o que vai ser feito, o seguro, a gente sabe que isso tudo vai demorar, a reconstrução de um prédio desse, análise estrutural projetos de investimentos que vão ser feitos aqui e a gente pede o apoio do governo do Estado, o apoio da Prefeitura, porque são muitos pequenos empresários", chamou atenção.
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