SALVADOR
PM suspeito de matar jovens em Salvador pode responder em liberdade
Justiça concedeu liberdade provisória à Marlon da Silva Oliveira, na última quarta-feira, 6
Por Redação
O policial militar Marlon da Silva Oliveira, suspeito de executar dois jovens no bairro do Alto de Ondina, em Salvador, teve a liberdade provisória concedida pela Justiça na última quarta-feira, 5. A informação é do Portal g1.
O suspeito foi preso no dia 8 de dezembro e estava no Batalhão da Polícia Militar, em Lauro de Freitas, na região metropolitana, onde ficou por quase dois meses. O processo está em segredo de Justiça, e segundo a defesa do agente, a decisão pela liberdade provisória tem como base a justificativa que o PM agiu em legítima defesa.
O crime foi filmado por uma pessoa que estava no local na madrugada de 1º de dezembro de 2024. No vídeo, é possível ver dois jovens deitados no chão e rendidos com as mãos na cabeça, quando são baleados por cerca de 12 tiros pelo policial, que não estava fardado.
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As vítimas também foram xingadas e agredidas. Os jovens foram identificados como Haziel Martins, de 19 anos, e Gabriel Santos, de 17, que morreu na hora, já Haziel Martins ficou 26 dias internado e morreu em 27 de dezembro.
O PM entrou no carro e saiu do local, logo após balear a dupla. Em depoimento à polícia, o agente disse que os jovens tentaram assaltá-lo.
A família de Gabriel contestou a versão do policial e pediu a quebra de sigilo telefônico. O pai do adolescente, que não quis ser identificado, constatou que o filho não era envolvido com criminalidade. A única passagem do adolescente está relacionada a desacato contra um policial. Na época, ele foi apreendido por ter xingado o agente e foi liberado logo em seguida.
A Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) informou que a Polícia Militar instaurou um processo administrativo disciplinar, enquanto a Polícia Civil abriu inquérito para esclarecer a motivação e a dinâmica do crime, ainda em dezembro de 2024.
Além de ter sido preso, o policial Marlon da Silva Oliveira foi afastado das ruas e teve a arma recolhida.
O Ministério Público da Bahia informou, por meio de nota, "que as manifestações da Instituição são realizadas considerando as evidências e provas dos fatos em análise e as previsões técnico-legais. O MP se manifestou devidamente sobre o caso nos autos do processo que tramita sob sigilo judicial".
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