NA MESA DA POPULAÇÃO
Alimentos comuns na dieta dos brasileiros são perigosos, alertam cientistas
Estudo aponta que itens considerados inofensivos na alimentação diária podem estar ligados a doenças crônicas e riscos à saúde pública
Por Luiz Almeida

Um alerta da ciência confirma o que especialistas dizem há anos: alimentos ultraprocessados podem estar matando aos poucos.
De refrigerantes a nuggets de frango, estudos internacionais revelam que o consumo frequente desses produtos está diretamente ligado ao aumento de doenças como obesidade, diabetes, ansiedade e até risco elevado de morte precoce.
Uma meta-análise publicada em 2024 pelo British Medical Journal analisou dados de mais de 9,8 milhões de pessoas e encontrou uma associação direta entre dietas ricas em ultraprocessados e 32 diferentes condições de saúde prejudicadas.
Aumentos observados no estudo:
- 53% no risco de obesidade;
- 48% em ansiedade;
- 50% em doenças cardiovasculares;
- 12% em diabetes tipo 2.
O dado mais alarmante? Um estudo conduzido por instituições do Brasil, EUA e Reino Unido revelou que até 14% das mortes prematuras nesses países poderiam ser evitadas com a redução desses alimentos.
8 ultraprocessados mais prejudiciais à saúde
Bebidas adoçadas
Refrigerantes, sucos artificiais, energéticos e chás industrializados contêm açúcares e adoçantes que desequilibram o metabolismo e favorecem inflamações.
Carnes processadas
Bacon, salsichas e presuntos são ricos em sódio, conservantes e nitritos, ingredientes associados a maior risco de câncer e doenças cardíacas.
Snacks industrializados
Batatas fritas e salgadinhos prontos combinam gordura trans, sal e aditivos que favorecem o vício alimentar e o ganho de peso.
Cereais matinais açucarados
Apesar de parecerem “saudáveis”, muitos cereais possuem alto teor de açúcar e aditivos químicos.
Fast food e refeições prontas
Práticos, mas perigosos. Contêm altos níveis de gordura saturada, corantes e emulsificantes.
Nuggets de frango industrializados
Feitos com carnes reconstituídas e ricos em conservantes, contribuem para inflamações sistêmicas.
Sobremesas e sorvetes prontos
Ricos em gorduras hidrogenadas e aditivos que afetam a microbiota intestinal.
Iogurtes saborizados e barras proteicas industrializadas
Muitas vezes ricos em açúcares escondidos, corantes e espessantes artificiais.
Perigo além das calorias
Pesquisadores da Universidade Nacional da Colômbia alertam que as pessoas que consome muitos ultraprocessados ingere, em média, 500 calorias a mais por dia, sem perceber. Isso equivale a cerca de 0,5 kg a mais por semana, o mesmo com uma dieta aparentemente equilibrada.
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Além disso, a estrutura física desses alimentos (textura, sabor artificial e densidade calórica) induz ao consumo em excesso, um fenômeno chamado de “comer sem fome”.
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