SAÚDE MENTAL
Psicóloga dá dicas para lidar com pressão da escolha profissional
Entenda como tomar decisões mais assertivas e tranquilas sobre seu futuro profissional
Por Da Redação
“O que você quer ser?” ou “O que você quer ser quando crescer?”, esses questionamentos rodeiam a vida das crianças, e que vai aumentando ao longo do ciclo escolar. Essa crescente pressão e os desafios emocionais na trajetória dos jovens que estão em busca de uma profissão podem fazer com que, ao longo dos anos, essas pessoas desenvolvam uma carga de estresse. A psicóloga Nádia Queiroz deu dicas nesta segunda-feira, 23, sobre como os institutos escolares podem equilibrar a tensão dos alunos na busca por um bom desempenho com a saúde mental.
“É importante a gente pensar no sentido do esforço. No sentido dessa preparação, que vem bastante precoce ainda na fase da educação infantil, do fundamental, até o ensino médio, e pensando nisso como se fosse ter o sentido para a vida. Eu acredito que a gente deve ter sempre uma consciência sobre o que, de fato, ‘eu estou me preparando?’, ‘para que eu estou fazendo esse exame’”, disse a profissional, durante entrevista ao programa Isso é Bahia, veiculado na rádio A TARDE FM.
Para elucidar a fala, a psicóloga citou como exemplo a corrida dos discentes para a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), que neste ano acontece nos dias 3 e 10 de novembro. A prova é um dos mecanismos de acesso ao ensino superior.
“Daí, a gente consegue entender que esse estresse não é um estresse associado ao bem-estar, mas é um estresse que vai levar ao ‘bem ser’, ou seja, eu estou me preparando para um sentido maior que é a execução da minha profissão e ali, é possível encontrar caminhos que vai direcionar esses jovens a exercer esse desafio com uma certeza maior, de entender que cada etapa tem um caminho para chegar ao objetivo que é a formação profissional”, afirmou Nádia Queiroz.
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A profissional também afirmou que, atualmente, o tratamento à saúde mental dos estudantes andam ‘lado a lado’ com a educação no estado.
“Percebemos hoje que a educação vem cada vez mais, priorizando a saúde mental, incluindo a educação socioemocional como curricular. Em muitas escolas já existe um programa específico para a gestão dessas emoções. Para que essas emoções sejam direcionadas para o ‘bem ser’, para além do bem-estar que é aquele momentâneo, mas para o ‘bem ser’, que é essa busca daquilo que é dom ou vocacional daquela educação”, explicou.
Nádia Queiroz ainda acrescentou que a procura em torno da ocupação dos “sonhos” precisa estar atrelada ao “entendimento de que a profissão é um pedaço da sua vida”.
“Cada vez mais a gente observa esse valor que vem sendo direcionado pela escola, assim como para professores, buscando exatamente esse caminho, da educação socioemocional preventiva”, completou.
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Questionada sobre a competitividade entre os jovens, a psicóloga justificou que, neste momento, é necessário com que o profissional tenha percepção sobre a ação do jovem fazendo com que esse comportamento se transforme em "motivação" para os desafios postos.
"Existe uma comparação que acontece muito frequente nas redes sociais, e esse desempenho é extremamente competitivo. [Inicia] a percepção dos estresse que a gente pode observar como a motivação daquilo que você faz no presente e não a longo prazo. É um estresse que movimenta a ação", argumentou.
O intuito desse socioemocional, segundo ela, é "motivar o aluno a se apropriar do seu conteúdo acadêmico, e ali, viver o presente da melhor maneira possível".
Fim dos celular nas escolas
A psicóloga Nádia Queiroz falou também sobre a possibilidade da proibição do uso de telas nas salas de aula. Em seu entendimento, ela diz acreditar em uma "mediação" entre professores e alunos.
"A gente não pode ser tão determinista, extremista, ao ponto de dizer não é proibido, porque nós sabemos que o proibido acaba gerando uma consequência reversa. Eu acredito que tem que continuar, mas que o universo da internet precisa ser cuidado com a tecnologia. Mas, as escolas precisam fazer o seu papel educacional para o bem ser da pessoa", concluiu.
Assista entrevista completa
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