VERÃO
Calor em Salvador: como lidar com as altas temperaturas durante o Carnaval
Maior temperatura do ano foi de 35,8°C, na Base Naval de Aratu, na quarta-feira, 19
Por Bernardo Rego

O verão começou em meados de dezembro com final previsto para março. Nesse cenário, é possível perceber uma característica peculiar que são as altas temperaturas. Na capital baiana, a situação não é diferente, onde os soteropolitanos têm se queixado do abafamento e da sensação térmica.
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De acordo com a Defesa Civil de Salvador (Codesal), a maior temperatura registrada em 2025 em Salvador ocorreu na quarta-feira, 19, com 35,8°C, às 14h, na Base Naval de Aratu. A segunda maior foi no dia 3 de fevereiro, com 35,7°C, às 15h20, em Itapuã. Essas aferições são feitas por equipes especializadas da Codesal baseada em critérios científicos.
O diretor da Codesal, Sosthenes Macedo, pontuou que apesar das altas temperaturas não há previsão de onda de calor em Salvador e no período do Carnaval há chances de pancadas de chuva. Disse ainda que o folião deve se preocupar com a alimentação, hidratação e vestir roupas leves durante o período da festa momesca.
Ainda conforme a pasta municipal, entre quarta e domingo a previsão é de céu nublado a parcialmente nublado com chuvas a qualquer hora do dia. As temperaturas devem variar entre 24ºC e 34ºC.
Em entrevista ao Portal A TARDE, o meteorologista Heráclio Alves, do Instituto Nacional de Meteorologia, esclareceu que não há previsão de onda de calor até o momento, apesar das elevadas temperaturas.
"Esse aumento é resultado da atuação de uma massa de ar quente e seco sobre parte da Bahia, Minas gerais, Rio de janeiro, áreas de São Paulo e Espírito Santos. Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), uma onda de calor ocorre quando as temperaturas máximas diárias ultrapassam em 5°C ou mais a média mensal durante, no mínimo, cinco dias consecutivos. Além disso, essas condições devem abranger uma área ampla, e não pontualmente como vem ocorrendo nos últimos dias".
Dentro desse contexto, o Portal A TARDE ouviu especialistas no assunto que deram dicas de como curtir o Carnaval e não trazer prejuízos à saúde. O médico clínico e pneumologista, Marcel Albuquerque, explicou que a combinação de exposição ao sol, multidões e esforço físico pode aumentar o risco de desidratação, insolação e outros problemas relacionados ao calor, por isso é preciso se hidratar com água mineral, isotônicos e água de coco.
Além disso, recomendou o uso de protetor solar com fator de proteção alto (FPS 30 ou superior), com reaplicação a cada duas horas e evitar exposição ao sol no período entre 10h e 16h. O pneumologista reforçou a importância de dormir bem, por ao menos 6 horas ininterruptas e investir em alimentos ricos em vitaminas e minerais, como frutas, para fortalecer a imunidade.
Albuquerque aproveitou para esclarecer que é imprescindível respeitar o limite do corpo e ficar atento a sinais como tontura ou desmaio, que pode ser um sinal de desidratação ou queda de pressão. Dores de cabeça intensas podem indicar insolação ou desidratação e náusea e vômito podem indicar exaustão pelo calor ou intoxicação alimentar.
Ações preventivas do Corpo de Bombeiros
A bombeira militar e enfermeira, Cacia Miranda, do 14º Batalhão, detalhou a operação do CBMBA durante o Carnaval onde agentes estarão em pontos estratégicos para garantir a segurança dos foliões.
"Atuaremos também na prevenção de incêndios e acidentes através de fiscalizações de estruturas temporárias, como os palcos e camarotes, tudo isso para garantir que essas estruturas elas estejam realmente seguras para o uso. Além disso, teremos bombeiros atuando na prevenção e em situações de afogamentos nas principais praias da cidade", pontuou.
Miranda reforçou a importância de beber bastante água durante o circuito, utilizar protetor solar e roupa leves. Em caso de sentir-se tonto ou com alguma fraqueza, dor de cabeça, procurar imediatamente uma guarnição do corpo de bombeiros.
Segundo ela, quando há situação de emergência dentro do circuito, os bombeiros estabilizam a vítima, fazem uma avaliação inicial verificando os sinais vitais como frequência cardíaca e respiratória. Após isso, a vítima é encaminhada para receber atendimento médico onde vai ser feita uma avalição clínica.
Cacia disse ainda que as principais ocorrência atendidas pela corporação são mal-estar devido ao excesso de calor, desidratação, desmaios, quedas, uso inadequado de calçados e intoxicação alcoólica.
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