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MP denuncia homens por tortura de funcionários de loja em Salvador

Também foi feito pedido para que a Justiça decrete prisão preventiva dos acusados

Publicado terça-feira, 11 de outubro de 2022 às 13:29 h | Atualizado em 11/10/2022, 13:41 | Autor: Da Redação
A denúncia levou em consideração ainda o depoimento dos próprios denunciados que, durante interrogatório, teriam confessado os crimes. Além disso, o relatório médico confirma as lesões nas vítimas
A denúncia levou em consideração ainda o depoimento dos próprios denunciados que, durante interrogatório, teriam confessado os crimes. Além disso, o relatório médico confirma as lesões nas vítimas -

Alexandre Santos Carvalho e Diógenes Carvalho Souza foram denunciados no final da tarde desta segunda-feira, 10, pelo Ministério Público estadual pelo crime de tortura cometido contra William de Jesus Conceição e Marcos Eduardo Serra Silva, nos dias 19 e 22 de agosto, na loja de variedades Atacadão das Máscaras, no bairro da Lapa, em Salvador, onde as vítimas trabalhavam.

O MP, por meio do promotor de Justiça Carlos Artur dos Santos Pires, também pediu que a Justiça decrete a prisão preventiva dos acusados.

Segundo a denúncia, no dia 19 de agosto, William teria sido agredido sob a alegação de que teria furtado mercadorias e dinheiro de vendas na loja. A denúncia afirma que ele foi mantido dentro da loja, onde sofreu torturas físicas e psicológicas, incluindo “ameaças de morte a ele e seus familiares e ameaça de entregá-lo aos traficantes”.

Leia mais: Suspeitos de queimar mão de funcionários são indiciados por tortura

No dia 22, também na loja, os acusados teriam agredido e torturado Marcos Eduardo. A denúncia conta que em seus depoimentos, as vítimas relataram sofrer constantes ameaças, “tendo se sentido constrangidos” a não denunciar o fato imediatamente na delegacia, temendo represálias. De acordo com a denúncia, eles relataram que os acusados foram às suas residências “confessando as torturas que praticaram, na intenção de incitar o medo nas vítimas”.

A denúncia levou em consideração ainda o depoimento dos próprios denunciados que, durante interrogatório, teriam confessado os crimes. Além disso, o relatório médico confirma as lesões nas vítimas. Na denúncia, o promotor de Justiça Carlos Pires ressalta que, além da tortura, os acusados filmaram as agressões cometidas e posaram nas redes sociais, comprometendo a imagem das vítimas.

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