BAHIA
Caso Sara Mariano: "Nenhuma prova", declara advogado de marido da cantora
Julgamento popular começou nesta terça, às 8h30, no Fórum de Dias D'ávila

Por Victoria Isabel e Brenda Lua Ferreira

O Tribunal do Júri de Dias D’Ávila, na Região Metropolitana de Salvador, começou às 8h30, nesta terça-feira, 25, o julgamento popular de três homens denunciados pelo feminicídio da cantora gospel Sara Mariano. Entre os réus está Ederlan Santos Mariano, viúvo da artista e apontado como mentor do assassinato ocorrido em 24 de outubro de 2023.
O advogado de defesa de Ederlan Santos Mariano, Otto Lopes, afirmou ao portal A TARDE, que o réu é inocente e que não há provas que o liguem ao crime.
"A expectativa é que o julgamento aconteça com imparcialidade, que a justiça seja feita e que a absolvição aconteça, visto que Ederlan é inocente e não tem nenhuma prova que ele tenha praticado nenhum tipo de crime", declarou o defensor.
Em contestação à acusação, o advogado desafiou o Ministério Público a apresentar evidências concretas contra seu cliente. "Aqui não precisa provar nada, o que precisa provar é a acusação. A acusação, na verdade, tem mais de 1.500 páginas. E eu desafio a acusação a apresentar uma página que envolva Ederlan nesse crime. O que tem aqui são presunções e não se pode condenar ninguém com base em presunção. A única possível no arredondamento jurídico pátria é a presunção de inocência. E nesse processo não tem nada que venha em criminalidade", enfatizou Otto Lopes.
Além de Ederlan Santos Mariano, serão julgados Weslen Pablo Correia de Jesus e Victor Gabriel Oliveira Neves. Todos estão presos preventivamente.
Os três responderão pelos crimes de feminicídio – executado por motivo torpe, meio cruel e sem possibilitar a defesa da vítima –, ocultação de cadáver e associação criminosa.
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Segundo a denúncia do Ministério Público da Bahia (MPBA), a cantora foi atraída sob a falsa promessa de participar de um evento religioso, sendo emboscada e assassinada com extrema violência. Sara Mariano foi executada com 22 golpes de faca, e seu corpo, posteriormente, foi ocultado e queimado na entrada do Povoado Leandrinho, em Dias D’Ávila.
As investigações apontaram que os acusados agiram de forma organizada, com divisão de tarefas, motivados por promessa de recompensa financeira e interesses ligados à carreira artística de um dos envolvidos.
Um quarto envolvido no crime, Gideão Duarte de Lima, já foi condenado.
Em 16 de abril deste ano, o Tribunal do Júri acatou a acusação do MPBA e sentenciou Gideão Duarte de Lima a 20 anos, 4 meses e 20 dias de prisão pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e associação criminosa. Ele foi o responsável por atrair a cantora até o local ermo onde ela foi emboscada e morta.
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