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Condomínios adotam medidas para reduzir gastos com energia

Sensores de presença, bomba de energia e troca das lâmpadas estão entre as ações implementadas

Publicado sábado, 07 de maio de 2022 às 06:06 h | Atualizado em 07/05/2022, 08:36 | Autor: Leilane Suzarte*
Oswaldo estuda a instalação de  um sistema de energia solar
Oswaldo estuda a instalação de um sistema de energia solar -

Com o reajuste médio de 21,35% das tarifas de energia elétrica, definido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), os condomínios começam a implementar medidas que ajudem a diminuir o custo mensal, como sensores de presença, bomba de energia e troca das lâmpadas.

Vale ressaltar que mesmo que o cliente residencial convencional note uma redução média de 1,6% na conta de energia por causa do fim da Bandeira Tarifária Escassez Hídrica, os síndicos e moradores devem atuar em conjunto para que a energia elétrica possa ser utilizada de forma consciente, principalmente nas áreas comuns dos prédios.

O síndico Antônio Carlos Sampaio, que atua em condomínios de grande porte, afirma que diversas ações foram feitas para redução do gasto de energia. Uma delas foi desligar um dos elevadores fora do horário de pico. “Deixar apenas um elevador por torre funcionando, das 10h da noite até 10h da manhã, pois o elevador é um dos equipamentos que mais gasta energia”, explica o síndico.

Ele ainda relata que outra atitude para diminuir a conta de luz foi no sistema de automação de bombas de água. “A gente tem aqui o sistema de telemetria e automação de água, na qual preferencialmente as bombas ligam para encher o tanque no horário de menor tarifação de energia. A não ser, claro, que estejam no nível baixo”, informa Antônio Carlos.

Ana Christina Mascarenhas, gerente de Eficiência Energética da Neoenergia, recomenda a substituição de bombas em edificações antigas. “Se puder fazer a troca de uma bomba para colocar uma que seja eficiente por selo Procel, isso é interessante. Tem gente usando bombas de águas que não são eficientes. Então, essa troca de bomba com selo Procel ou com etiqueta do Inmetro é bem importante”, orienta.

Ela sugere também o controle de iluminação para diminuir o consumo de energia elétrica. “No condomínio, existe um controle que é sensível à luz natural e um controle que é por setor de ocupação. Por exemplo, tem ambientes que você pode colocar esse controle que é sensível à luz natural, porque quando tem a luz natural, não acende. E quando a luz natural sai, ele é aceso. Então, isso vai economizar energia”, esclarece Ana Christina.

Sensor de presença

De forma semelhante, Oswaldo Filho, administrador de condomínio e consultor condominial, conta como os edifícios podem se preparar para o reajuste na conta de luz.

“Por exemplo, a gente reduziu a iluminação na escada de emergência, que colocamos sensores de presença e também em alguns pontos onde não têm muito movimento. Aí quando a pessoa desce, acende. Com isso, só temos duas lâmpadas fixas e duas que são sensores de presença”, diz.

Outra proposta é a instalação de um sistema de energia solar para condomínios. O profissional explica que este ano vai ser colocado no empreendimento em que atua e, por isso, revela como tem sido a implantação. 

“Por  um tempo vamos pagar a empresa, em torno de 4 a 5 anos, e depois a conta zera e a gente paga o mínimo, que é por volta de R$ 100  por mês. Isso não é estendido à unidade, ao apartamento, só na área comum”, frisa Oswaldo.

Além disso, tem o projeto Vale Luz Condomínio, desenvolvido pela Neoenergia Coelba e regulado pela Aneel. “Os condomínios separam os resíduos (papel, papelão, lata de alumínio, óleo de cozinha) e ganham desconto na conta de energia”, informa a gerente da Neoenergia da Coelba.

É desejável que o condomínio possua a prática da coleta seletiva implantada.

Para participar do projeto, basta baixar a Ficha de Cadastro do Projeto Vale Luz Condomínio, preenchê-la e enviar o documento assinado para o e-mail [email protected]. Após o envio do e-mail, basta aguardar o contato da equipe da Coelba para visita técnica no condomínio.

*Sob supervisão da editora Cassandra Barteló

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