MUDANÇA DO GARCIA
Obras na ponte e acordo por VLT estão avançados, diz Afonso Florence
Secretário da Casa Civil conversou com o Portal A TARDE durante Mudança do Garcia, nesta segunda-feira, 12
Por Lula Bonfim e Lucas Franco
Durante a tradicional Mudança do Garcia, cortejo que acontece nas segundas-feiras do Carnaval de Salvador há mais de 90 anos, o secretário estadual da Casa Civil, Afonso Florence, falou com o Portal A TARDE sobre o acordo pelos vagões do VLT e o andamento das obras da ponte Salvador-Itaparica.
>>Fotos: Mudança do Garcia desfila no circuito Osmar
"A Bahia pode se planejar com esses ou outros vagões, se essa negociação não der certo", disse Afonso Florence, se referindo aos vagões negociados com o governo do Mato Grosso, que estão parados em Cuiabá. "Nós temos preparada uma licitação e haverá vagões para o primeiro trecho de operação do VLT, que será Calçada-Paripe", continuou.
O Portal A TARDE divulgou em primeira mão, em agosto do ano passado, que o Governo da Bahia negociava os vagões de Cuiabá.
"Nós estamos negociando os valores com o Mato Grosso, sob coordenação do TCU [Tribunal de Contas da União]. Então, é o que eu posso dizer até aqui, porque há aspectos financeiros e jurídicos que são sigilosos porque ainda não foram concluídos", argumenta.
Sobre a ponte, o secretário estadual da Casa Civil disse que a sondagem deve durar de nove a doze meses, a depender das condições da maré. "A sondagem começou sem o aditivo. Dos 32 pedidos de aditivo, sobraram quatro. Tenho uma expectativa de que nós tenhamos a conclusão dessa negociação até o dia 15 de março", disse.
O aditivo comentado por Afonso se refere aos pedidos de reequilíbrio dos custos da obra, por conta da inflação do período entre o resultado do primeiro leilão, em 2019, e o início previsto para as obras, depois do período mais crítico da pandemia de covid-19. "O contrato previa só reajuste pelo IPCA [Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo]. Estamos fazendo um reequilíbrio do contrato", justifica.
"Com esse reequilíbrio, ao invés de reajuste, nós estamos fazendo uma revisão do valor do orçamento, através de uma comissão de solução de controvérsia, que já concluiu os trabalhos. Então, a sondagem já começou sem o aditivo", conclui.
O início da sondagem está orçado em R$ 70 milhões, confirmou Afonso Florence, que enxerga o momento político do Brasil como favorável para o diálogo com a China, país que é sede das três empresas que formam o consórcio que ganhou o leilão para executar as obras. São elas a China Railway 20 Bureau Group Corporation (CR20), CCCC South America Regional Company S.Á.R.L (CCCC SOUTH AMERICA) e China Communications Construction Company Limited (CCCCLTD).
"Nossa expectativa é que com até 12 meses de execução da sondagem, a gente tenha o início da obra, no sentido de fazer os pilares e as colunas estruturantes", disse.
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