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Juazeiro faz show para dar a mão amiga a Galvão, o do Novos Baianos

Artista sofre com o Mal de Alzheimer há mais de quatro anos

Publicado quinta-feira, 07 de julho de 2022 às 06:00 h | Autor: Levi Vasconcelos
Galvão, fundador do Novos Baianos, vive dias difíceis
Galvão, fundador do Novos Baianos, vive dias difíceis -

Juazeiro, um celeiro de artistas que tem entre suas estrelas mais brilhantes Ivete Sangalo e João Gilberto, vai reverenciar neste sábado, na Vila Bossa Nova, no Armazém da Caatinga, um show para ajudar outra estrela fulgurante, Luiz Galvão, o fundador dos Novos Baianos, a ficar mais entre nós.

E quantos artistas vão se apresentar? Maurício Dias, o Mauriçola, cantor e compositor, amigo do time top, diz que convidou mais de 50 artistas de todos os ritmos, do rock ao forró. E espera que a comunidade vá lá para prestigiar o show em homenagem ao autor de sucessos como Preta Pretinha.

— Ele já sofre com o Mal de Alzheimer há mais de quatro anos, precisa se internar num hospital que custa R$ 8 mil por mês e ele não tem condições de bancar.

Duas idades —Mauriçola, que era muito amigo de João Gilberto, toca a busca por ajuda para outro grande amigo, o Galvão, fazendo uma observação:

— Hoje (ontem) faz três anos que o João partiu...

Ele revela também outro detalhe sobre Galvão. Oficialmente, tem 85 anos, mas na real tem 87. “Os pais dele deixaram para registrá-lo dois anos depois de nascido, na época podia. Eu até brinquei dizendo que o pai demorou tanto de visitá-lo para ter certeza se ali era gente mesmo. E ele não gostou”.

Mauriçola diz também lamentar  que a juventude hoje não tenha uma melhor conexão com os ícones.

O segundo disco do grupo, Acabou Chorare, foi eleito pela revista Rolling Stone como o melhor disco da história da música brasileira, em outubro de 2007.

Quem quiser ajudar  Luiz Galvão, aí vai o pix: luizgalvã[email protected]

A volta da cabocla, um grande momento do 2 de julho

O 2 de Julho é marcado pelo desfile que dá a largada na Lapinha e chega ao Campo Grande, mas a jornalista Olívia Soares, que acompanha de perto todas as celebrações, diz que há duas outras facetas da festa menos visíveis, mas tão belas quanto o próprio desfile.

— Uma é a estadia do caboclo e da cabocla no Campo Grande, por três dias. Chegam lá e colocam todos os tipos de oferendas, flores, canjica, abará, acarajé. A outra é a volta da cabocla. É simplesmente sensacional, tanto quanto o desfile.

Fernando Guerreiro, o presidente da Fundação Gregório de Mattos, que organiza o desfile, exulta. E ano que vem, quando a vitória dos baianos sobre os portugueses vai completar 200 anos, ou o bicentenário, tem a expectativa de realizar o melhor 2 de Julho de todos os tempos.

Jacó e Ché, os opostos unidos

Observadores dos movimentos na Assembleia chamaram a atenção ontem para uma incrível ironia: o autor da proposta de moção de pesar pela morte de Manoel Palma Ché, o Mané Ché, ex-prefeito de Cairu, foi o deputado Jacó, da ala mais à esquerda do PT.

Se diz que Ché era muito amigo de ACM e a homenagem veio pela contramão, ou seja a esquerda reverenciando uma figura da direita.

Guerra na Ucrânia bate cá no preço dos fertilizantes

Exportador de manga e uva produzida em Casa Nova, sua terra, o deputado Tum (Avante) diz que até parece que o agronegócio nada em brancas nuvens com a alta do dólar, mas não é bem assim:

— O preço dos fertilizantes disparou. A pandemia ajudou, mas a guerra na Ucrânia é determinante para a quebra de um fluxo que antes era normal, parte das rotinas.

Mas da pré-pandemia, em 2019, para cá a situação mudou completamente.

— A mudança foi por cima, com preços altos. E quanto mais a guerra demorar, pior.

A exportação de frutas produzidas no Vale do São Francisco, especialmente uva e manga, cresceu mais de 20% nos últimos dois anos.

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