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Resenha Rubro-Negra

Por Angelo Paz*

ACERVO DA COLUNA
Publicado quinta-feira, 17 de abril de 2025 às 17:11 h | Autor: Angelo Paz*

Vitória encara a Série A como time operário e valoriza cada ponto

Coluna de Ângelo Paz analisa a jornada operária do Vitória na Série A

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Elenco do Vitória comemora triunfo
Elenco do Vitória comemora triunfo -

Há uma semana aqui incidi sobre o encontro do Vitória com a sua realidade na temporada, a ser marcada pela luta pela sobrevivência. Assim muitos de nós passamos a vida. Em um país onde o privilégio é a casa de poucos, no futebol não é diferente. Tal qual milhões de trabalhadores que madrugam para suar pelo pão de cada dia, o Rubro-Negro precisará fazer o mesmo caso queira ter um final de ano alegre, o que para muitos significa ter orgulho da caminhada feita apesar de tantas dificuldades.

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Me parece que o Leão assimilou bem a lição discursiva do mestre de obras Carpini após a derrota para o privilegiado Flamengo. Com o aprendizado em casa, coube ao Vitória sair de casa para colocar em prática algo fundamental para um time de operários, como bem se referiu o mestre de obras em meio ao alívio pela primeira vitória rubro-negra na Série A, na noite de quarta.

Embora desprovido de recursos abastados no cenário da elite do nosso futebol, o Leão ainda teve a regalia de desfrutar de um jogo internacional após 11 anos.

E foi na boleira Buenos Aires, cidade com mais estádios de futebol do mundo com capacidade para mais de 10 mil espectadores: 36 no total. Mais precisamente no acanhado estádio Norberto "Tito" Tomaghello, localizado em Florencio Varela, província da capital argentina, o Rubro-negro teve a primeira oportunidade de colocar em prática a lição de casa.

Recuperação em Minas

Como deve ser, correu de forma organizada, evitou se expor de forma desnecessária e levou para Belo Horizonte a valorização do primeiro ponto conquistado como visitante na Sul-americana.

Com mais confiança, o Rubro-negro teve em Minas um confronto mais difícil dada a qualidade do Atlético-MG, que integra o grupo de privilegiados que me referi no início do texto. Por isso, mesmo com a organização vista na Argentina, sofreu mais frente ao poderio qualificado do time de Hulk e companhia.

No Mineirão, entretanto, os operários conseguiram fazer mais. Se arriscaram a sorrir e por duas vezes estiverama a frente do placar. No final, sofreu o empate, mais uma vez valorizado. Quem quer voltar a ganhar primeiro precisa parar de de perder.

E com mais essa lição o Leão retornou para a sua Toca, em clima tenso. No ambiente político, o Conselho se encontrou numa tensa reunião para a aprovação das contas do exercício da gestão 2024. A oposição prontamente reclamou de falta de transparência em parte dos valores apresentados.

Fabio Mota e organizadas

No ambito esportivo, o presidente Fábio Mota e o seu mestre de obras receberam integrantes da principal torcida organizada do clube, com o objetivo de firmar uma parceria de apoio ao time em troca de entrega que, a meu ver, este ano jamais faltou.

O que não se pode é querer realizar uma obra robusta sem recursos para tal. Com esse ajuste de expectativas, a referida conversa ocorreu posteriormente com os jogadores. Nesse clima, o Leão mediu forças pela segunda vez no ano com o Fortaleza, hoje em situação orçamentária superior, que reflete na capacidade do time, atualmente na disputa da Libertadores.

E pela segunda vez no ano o Rubro-negro mostrou capacidade de superação para vencer, de novo, por 2x1. Sofreu? Sim, como será de forma recorrente na caminhada da Série A. Mas venceu por que correu muito e acreditou, como precisa fazer como sempre. É hora de uma nova viagem, agora para o Rio de Janeiro, onde o time de operários vai desfrutar da alegria de jogar no Maracanã com a meta de repetir o que fez no ano passado contra o próprio Fluminense. Vencer.

*Angelo Paz é jornalista e colunista do Esporte Clube Vitoria.

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