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Projeto NAU é lançado com proposta de pensar um novo teatro musical

Publicado quarta-feira, 07 de outubro de 2020 às 20:27 h | Atualizado em 21/01/2021, 00:00 | Autor: Ashley Malia
Inauguração aconteceu no Teatro Gregório de Mattos com transmissão ao vivo pelo YouTube | Foto: Reprodução | Facebook
Inauguração aconteceu no Teatro Gregório de Mattos com transmissão ao vivo pelo YouTube | Foto: Reprodução | Facebook -

Após um período de pausa, necessária por conta da pandemia do novo coronavírus, o projeto NAU se reinventou e foi totalmente reformulado para se adaptar ao momento atual e ainda assim entregar cultura ao público baiano. O lançamento do projeto aconteceu nesta quarta-feira, 7, no Teatro Gregório de Mattos, com exibição ao vivo no YouTube.

O evento contou com as presenças dos diretores Daniel Arcades e Thiago Romero, do diretor da Fundação Gregório de Mattos (FGM) Fernando Guerreiro, e participação do ator da Rede Globo Luiz Carlos Vasconcelos.

Selecionado na segunda edição do edital Fábrica de Musicais, da FGM, NAU vai muito além de um espetáculo, é um projeto que, segundo os diretores, é revolucionário, já que inova ao acontecer presencialmente e digitalmente, com interação não apenas no palco, mas online, com a aparição de alguns personagens em chats, além de outros recursos adaptados e pensados especificamente para o público da internet.

“A gente está podendo conduzir essa pequena revolução. Esse projeto vai trazer uma nova linguagem e um novo olhar sobre as artes cênicas”, apontou o diretor da FGM, Fernando Guerreiro.

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No lançamento, os diretores do projeto apresentaram um portal, que conta com uma apresentação, programação, spin-off, bastidores e muito mais

Segundo ele, NAU teve uma característica especial por conta da pandemia. Diante dessa realidade, os artistas envolvidos no projeto começaram a discutir como fazer e chegar a um resultado. Assim, o projeto nasce sendo o primeiro musical produzido em Salvador para duas linguagens. “Acho que o virtual não se afasta mais do teatro. A gente vai estar correndo um risco que vai abrir horizontes e perspectivas para uma nova forma de fazer teatro”, disse, pontuando que o resultado poderá ser conferido em dezembro, mês previsto para a estreia.

No lançamento, os diretores do projeto apresentaram um portal, que conta com uma apresentação, programação, spin-off, bastidores e muito mais. “Depois de pensar tanto, chegamos ao nosso portal, onde será a nossa sala de controle de navegação durante a nossa jornada. A partir de amanhã [quinta-feira, 8], teremos conteúdo, seminário... Tudo o que a gente fizer estará postado. A ideia é que o projeto seja compartilhado, que vocês em casa nos ajude a construir esse projeto. Estamos iniciando e experimentando nesse momento, mas é muito potente”, afirmou Romero.

“A gente estava montando Madame Satã e pensando em possibilidades de contar histórias. Fizemos Madame Satã e no meio desse processo pensamos em trazer mais personagens. São todas essas histórias, uma grande NAU com 11 mil espíritos que aportam em Salvador. A história se passa em 2025”, explicaram os diretores.

Primeiro espetáculo soteropolitano a ser feito nesses dois formatos, o espetáculo acontecerá simultaneamente de forma presencial – seguindo todos os protocolos de segurança – e online, onde o público de casa terá outra experiência.

Além disso, NAU é um projeto de formação, que contará com oficinas com o elenco, com a equipe de direção, com o público. Além da dupla que irá orientar exclusivamente o processo, haverá também profissionais trazendo um processo de formação diferente. As oficinas são abertas ao público e as inscrições serão feitas por etapa, através do portal do projeto.

Segundo os diretores, diariamente são realizadas reuniões com o elenco e profissionais responsáveis por cada parte do projeto. Arcades contou que é um projeto de desafio. Mesmo com momentos muito difíceis, desistir não foi uma opção.

“A gente se uniu muito e tem ser fortalecido”, completou Romero.

“A gente acredita muito numa proposta de trabalho afetiva. Entendemos que estar presente é muito mais do que estar com o corpo. Nos desafiamos muito, porque essa peça foi pensada de outra maneira”, finalizou Arcades.

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