ELEIÇÕES
Victor Marinho lamenta pouco espaço na eleição: “Condições desiguais”
Candidato do PSTU diz que enfrenta dificuldades para apresentar seu programa socialista
Por Lula Bonfim
Victor Marinho (PSTU), candidato à prefeitura de Salvador, lamentou na manhã desta quinta-feira, 15, a falta de espaço que seu partido possui na disputa eleitoral. Durante entrevista ao programa Isso é Bahia, da Rádio A TARDE FM, o postulante socialista criticou o uso do Estado e do poder econômico em outras candidaturas, mas também exaltou a presença do PSTU nos movimentos sociais.
“O nosso partido é muito presente nas lutas. Não há uma luta que ocorra na nossa cidade e no nosso país que nosso partido não esteja à frente, participando ao lado dos trabalhadores, nas suas greves, mobilizações; da juventude, dos estudantes e dos setores mais oprimidos da nossa cidade. Então, quem está nas lutas nos conhece”, garantiu Marinho.
O representante do PSTU, porém, assumiu que sua legenda possui pouca força eleitoral. Para ele, a disputa entre os partidos não é justa, já que há uma grande diferença de espaço concedido.
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“Do ponto de vista institucional, nosso partido é, de fato, pequeno. É um partido que tem pouco espaço e que compete em condições muito desiguais em relação aos grandes partidos. Nós não temos tempo de televisão e rádio, não temos acesso a fundo partidário, não somos convidados para os grandes debates”, relatou Marinho.
“Nós não temos controle do Estado, que coloca as grandes candidaturas hoje — que já estão à frente do poder político — em grande vantagem em relação às outras, porque tem todo o peso da máquina pública, que os beneficia enormemente em suas campanhas. E a gente não aceita o apoio do poder econômico, dos grandes capitalistas que dominam a economia do nosso país. Porque nós somos um partido dos trabalhadores, que tem como referência a classe trabalhadora e, portanto, nos financiamos apenas com os recursos que vêm da nossa classe”, defendeu o candidato.
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Apesar das dificuldades, Marinho afirmou que o PSTU seguirá apresentando, durante a campanha, um programa de governo de ordem socialista, diferente dos que são colocados pelos partidos de maior envergadura.
“Nessas condições, que são adversas — é verdade —, a gente busca participar das eleições, para apresentar uma proposta, um programa que seja diferente do que está colocado aí pelas grandes candidaturas”, finalizou o socialista.
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