Bahia não sai do zero com São Paulo e perde chance de retornar ao G-6
A rodada tinha tudo para ser perfeita para o Bahia. Com a derrota do Internacional para o CSA, em jogo que terminou mais cedo, o Esquadrão podia terminar a rodada na quinta posição, caso vencesse o São Paulo, nesta quarta-feira, 9, na Arena Fonte Nova. No entanto, o time sofreu com a falta de criatividade. Sem Guerra, suspenso, e sem Gilberto, machucado, o Tricolor pouco criou diante de um time paulista que sofreu com lesões durante o jogo. E o 0 a 0 não foi o resultado esperado para os mais de 31 mil torcedores que foram ao estádio.
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A ausência de Guerra levou o técnico Roger Machado a apostar em Ronaldo, formando uma trinca de volantes com Gregore e Flávio. A ideia era clara: com o São Paulo de Diniz querendo implementar seu estilo de jogo, o contra-ataque seria a principal arma do Bahia, e os homens de marcação seriam essenciais para recuperar a bola.
Não deu certo, pelo menos na maior parte do jogo. Com pouca pressão na saída e dificuldade para tirar a posse do São Paulo, o Bahia teve pouquíssimas oportunidades de contra-atacar, e não soube aproveitar nenhuma delas. O Tricolor paulista, por sua vez, controlou o ritmo do jogo, e criou boas chances, principalmente no primeiro tempo.
Agora, o Esquadrão terá que remar tudo de novo caso queira continuar lutando pelo G6. O Baêa terminou a rodada na oitava colocação. O próximo jogo será no sábado, 12, contra o Fluminense, no Maracanã.
Susto no início
O jogo começou com o São Paulo assustando logo de cara. Com pouco mais de um minuto, Pato aproveitou espaço deixado pela defesa do Bahia, entrou na área pelo lado esquerdo e cruzou rasteiro para Hernanes chutar praticamente da marca do pênalti, de esquerda. A bola só não entrou porque o zagueiro Juninho afastou, em cima da linha.
Como já era de se esperar, o São Paulo mantinha a posse de bola, e as melhores oportunidades surgiram quando o Esquadrão saiu em velocidade. Aos 7 minutos, Élber puxou contra-ataque e lançou Fernandão na área. O centroavante tentou driblar o zagueiro, mas finalizou em cima do marcador. A bola ainda voltou para Ronaldo, mas o volante chutou longe.
A partir do fim do primeiro tempo, no entanto, o cansaço tomou conta dos jogadores. Pablo, pelo São Paulo, e Moisés, pelo Bahia, saíram machucados, para darem lugar a Igor Gomes e Giovanni, respectivamente. Élber também sentiu no intervalo, e deu lugar a Arthur Caíke.
São Paulo volta melhor
O São Paulo começou o segundo tempo da mesma forma que o primeiro: tentando pressionar o Bahia. No entanto, a bruxa continuou solta. Juanfran, aos 2 minutos, e Liziero, aos 27, saíram para as entradas de Igor Vinícius e Victor Bueno, machucados.
Ainda assim, a primeira oportunidade da etapa final foi dos visitantes. Aos 7 minutos, Hernanes encontrou espaço pelo meio e lançou Pato na entrada da área. O atacante finalizou de esquerda, cruzado, mas parou em Douglas.
Depois, o Bahia começou a controlar mais a posse de bola, devido ao cansaço do rival. Roger ainda tentou uma cartada final, promovendo a entrada de Rogério no lugar de Ronaldo. O atacante entrou bem, e criou boas jogadas pelo lado esquerdo, mas o Bahia continuava com dificuldades de criar com a bola nos pés. Aos 38 minutos, Rogério conseguiu boa jogada e tocou para Gregore, que finalizou de fora da área. Tiago Volpi espalmou.
O jogo ainda teve uma notícia ruim. Do lado de fora do estádio, dois torcedores da torcida organizada Bamor foram detidos após lançarem um artefato explosivo em direção a um torcedor do São Paulo.
*Sob supervisão do editor interino Rafael Tiago Nunes