Na reestreia de Guto, Bahia vence Athletico Paranaense e sai do Z4 da Série A | A TARDE
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Na reestreia de Guto, Bahia vence Athletico Paranaense e sai do Z4 da Série A

Publicado sábado, 09 de outubro de 2021 às 21:13 h | Atualizado em 09/10/2021, 21:44 | Autor: Daniel Dórea e Redação
Estreante Raí Nascimento marcou o gol que abriu o triunfo do Tricolor | Foto: Vitor Tamar | EC Bahia
Estreante Raí Nascimento marcou o gol que abriu o triunfo do Tricolor | Foto: Vitor Tamar | EC Bahia -

Quão importante pode ser um treinador que já conhece a casa, tem confiança para fazer alterações necessárias e conhecimento para envolver um adversário em momento muito superior? Guto Ferreira respondeu com uma jogada de mestre que levou o Bahia a encerrar a série de quatro jogos sem vencer no Brasileiro e a saída momentânea da zona de rebaixamento.

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Com três mudanças em relação ao jogo anterior, ainda sob a batuta do argentino Diego Dabove, além de alterações táticas e de ânimo, Gordiola liderou o triunfo por 2 a 0 sobre o Athletico Parananese, ontem, em plena Arena da Baixada no primeiro jogo com público desde o início de 2020.

O resultado levou o Esquadrão ao 16º lugar, mas se não houver empate hoje, entre Santos e Grêmio, o time volta ao 17º posto, dentro do Z-4.

O que não seria um grande trauma diante da motivação que o sucesso deste sábado oferece. E o próximo desafio, terça, contra o Palmeiras, ainda terá o plus do retorno da torcida à Fonte Nova.

Outra postura

Com menos de um minuto de bola rolando já deu para perceber que o Bahia mostrava postura e disposição bem diferentes em relação ao que se via no time sob o comando de Diego Dabove e até nos últimos jogos com Dado Cavalcanti também.

O relógio ainda não tinha dado uma volta completa quando o Tricolor criou sua primeira chance, bem ao estilo Guto Ferreira, com pressão no campo de ataque. O Athletico saiu jogando errado e a bola ficou com Gilberto na cara do gol. Mas o chute do artilheiro parou em Thiago Heleno.

Não era só o espírito da equipe que parecia ter mudado de repente. Guto também promoveu várias alterações de fato. Danilo Fernandes assumiu a titularidade no gol, Juninho Capixaba e Matheus Bahia dobraram na ala esquerda e o estreante Raí entrou no lado direito do ataque.

Raí começou tímido, pois o lado esquerdo é que estava mais forte. Foi por lá que Capixaba tabelou com Mugni e chutou de dentro da área. Thiago Heleno conseguiu novamente tirar da direção do gol.

Aos 24, o Athletico assustou pela primeira vez. Em contra-ataque, Bissoli ficou frente a frente com Danilo e errou por pouco a finalização cruzada.

E a timidez de Raí? Logo começaria a sumir. Aos 29, ele limpou a jogada e chutou nas mãos do goleiro Santos. Depois, ele e todo o time do Bahia passaram a defender mais, pois o Furacão começou a tentar pressionar, mas sem muita incisividade. O único lance mais perigoso foi a cobrança de falta de Terans, bem defendida por Danilo, aos 41.

Dois minutos mais tarde, Raí se iluminou. Com 23 anos e até então apenas oito gols como profissional em sua experiência na divisões inferiores da Espanha, o jogador conseguiu a proeza de estrear pelo Esquadrão balançando a rede. Gilberto o serviu com um toque de cabeça e ele fuzilou de direita.

Parecia bom demais para ser verdade. Mas ficou ainda melhor no comecinho do segundo tempo, aos quatro minutos, quando Capixaba cruzou em cobrança de falta e Gilberto completou de cabeça para ampliar a vantagem.

Aí, o cenário se apresentou exatamente como Guto Ferreira gosta: propício para ele exercer o seu inconfundível pragmatismo. Confortável no jogo, o Bahia recuou suas linhas e passou a se arriscar menos no ataque. Isso trouxe o Furacão para o campo ofensivo e chances foram criadas. Foi aí que outra escolha de Guto se mostrou acertada: o goleiro Danilo Fernandes.

Ele apareceu de maneira decisiva ao menos em quatro ocasiões. Aos 13 minutos, espalmou em conclusão de Terans. Aos 24, salvou em chute de Pedrinho de dentro da pequena área. Seis minutos depois, brilhou em bomba disparada por Renato Kayzer. Por fim, aos 38, segurou a tentativa de Pedro Henrique.

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