Ex-juiz critica arbitragem do Ba-Vi: "Cabeçada não é expulsão?"

A arbitragem do Ba-Vi deste domingo, 16, que terminou 2 a 0 para o Bahia, segue repercutindo. O ex-árbitro Carlos Eugênio Simon, único brasileiro a apitar três Copas do Mundo e atual comentarista da ESPN, criticou a decisão do árbitro Rafael Klein e do VAR por não expulsarem Éverton Ribeiro, camisa 10 do Bahia, após um lance polêmico envolvendo o meia tricolor e o zagueiro Neris, do Vitória.

“Peteleco, o cara é expulso. Cabeçada não é. Ta tudo errado. Nesse Ba-Vi o Éverton Ribeiro deu uma cabeçada no jogador adversário. Isso é cartão vermelho, é agressão! O árbitro não expulsou, e o VAR não interveio. Errou a equipe de arbitragem”, disse Simon em sua rede social.

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O lance em questão aconteceu no primeiro tempo do clássico realizado na Arena Fonte Nova, quando o Bahia já vencia o rival por 1 a 0. Éverton Ribeiro e Neris se desentenderam após uma disputa de bola, e o camisa 10 do Esquadrão encostou a cabeça no rosto do defensor rubro-negro. O zagueiro caiu no gramado, mas o árbitro apenas advertiu verbalmente os jogadores. O VAR, comandado por Rodrigo Nunes de Sá, também não recomendou a revisão do lance.

A decisão da arbitragem gerou protestos no banco de reservas do Vitória e foi motivo de reclamações por parte do técnico Thiago Carpini, que ironizou a situação ao lembrar um episódio recente envolvendo a equipe rival.

“Sobre a expulsão, teve a troca da arbitragem. Talvez se tivesse tido um peteleco, ele teria expulsado, mas a cabeçada não. É difícil entender os critérios. Ele parou para analisar e não foi olhar. Estava 1 a 0, naquele momento o Vitória entrando na partida. A gente ficaria com um jogador a mais. E também é um jogador importante que não jogaria o próximo jogo. Então, faz diferença”, afirmou o treinador.

A fala de Carpini faz referência ao jogo entre Bahia e Jacuipense, pela semifinal do Campeonato Baiano, quando o meia Matheus Firmino foi expulso após dar um 'peteleco' no adversário Rodrigo Nestor. Na ocasião, a arbitragem revisou o lance e optou pelo cartão vermelho direto, algo que não ocorreu no Ba-Vi com Éverton Ribeiro.