DENÚNCIA
Irregularidades em processo seletivo de Ichu estão na mira do MP
Apuração tem como base declarações prestadas por vereadores do município

Por Rodrigo Tardio

A Justiça de Riachão do Jacuípe instaurou um inquérito civil para investigar possíveis ilegalidades em um processo seletivo simplificado, via REDA, do município de Ichu, nordeste da Bahia, gestão do prefeito José Gonzaga Carneiro, conhecido como Gonzaga (PSD).
A investigação se baseia em declarações de parlamentares do município ao Ministério Público da Bahia (MP-BA). O que apura, de acordo com o órgão, são suspeitas de desvio de finalidade e falta de transparência nos critérios de seleção.
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Violação
Ainda de acordo com o MP, há indícios de que contratações temporárias podem ter sido utilizadas para suprir demanda permanente de pessoal, o que violaria princípios constitucionais da administração pública, como moralidade, impessoalidade, legalidade e eficiência.
O caso trata de atos de improbidade administrativa relacionados a violação de princípios. O inquérito foi instaurado pelo promotor de Justiça em substituição, Antonio Eduardo Cunha Setubal, que determinou a continuidade das apurações para esclarecer eventuais irregularidades no processo seletivo conduzido pela gestão municipal.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Ichu e ainda aguarda respostas aos fatos.
Combustíveis
Em setembro deste ano, uma denúncia apontou indícios de supostas fraudes em licitações de combustíveis e danos ao erário na Prefeitura de Ichu, nordeste da Bahia, gestão do prefeito Gonzaga (PSD).
Os contratos suspeitos teriam sido firmados pela gestão municipal com as empresas 'Aurora Comércio de Combustíveis LTDA' e 'Aurora Comércio de Lubrificantes LTDA'.
A denúncia aponta suposta violação dos princípios que regem a administração pública, o que coloca em dúvida a legalidade e transparência dos processos realizados.
O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), por intermédio da Promotoria de Justiça de Riachão do Jacuípe, apura o fato.
Nepotismo
Ainda no mês de setembro, a Justiça abriu inquérito civil para investigar possível prática de nepotismo na gestão de Gonzaga. A denúncia, foi apresentada por três parlamentares, Celidalva Soares de Oliveira, Edivaldo Apolônio da Silva e Manoel Robson Gonçalves da Silva, os quais apontaram que o gestor teria nomeado parentes próximos para cargos comissionados e funções de confiança.
Além de Gonzaga, foram denunciados também: Gabriela Barbosa dos Santos, Lennon Francoli Carneiro Borges e Cristiano Reis Carneiro Oliveira.
À época, a reportagem entrou em contato com a Prefeitura e ainda aguarda resposta aos questionamentos.
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