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De homofobia a blackface: relembre outras polêmicas de Claudia Leitte
Cantora se envolve em polêmicas há muitos anos
Por Redação
O nome de Claudia Leitte está no centro de uma das principais polêmicas do cenário musical brasileiro da atualidade. Tudo começou depois que, em dezembro, a cantora mudou, mais uma vez, a letra da música ‘Caranguejo’. Ela trocou a palavra “Yemanjá” para “Yeshuá”, que quer dizer “salvar” em hebraico e tem outras variações: Yeshuah, com H no final, que significa “salvação”, e Yehoshua, que vem a ser “Deus salva”.
Em vídeos que viralizaram nas redes sociais, a artista aparece cantando “Eu canto meu Rei Yeshua” ao invés de “Saudando a rainha Yemanjá”, como já fez em outros shows.
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Devido à mudança na letra, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) decidiu instaurar um inquérito para apurar um possível ato de racismo religioso cometido pela artista. A última atualização desse caso aconteceu nessa terça-feira, 14, quando o órgão anunciou a decisão em converter a denúncia contra a artista em Procedimento Administrativo.
Em nota, o órgão informou que a intenção é para a contribuição na produção de informações técnicas relacionadas ao caso. “A finalidade é contribuir na produção de elementos de informação, notadamente técnicos, bem como na adoção de outras medidas extrajudiciais, em apoio à Promotoria de Justiça de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa”, sinalizou o texto.
O promotor de Justiça Alan Cedraz Carneiro Santiago ainda afirmou que o inquérito foi “instaurado com o objetivo de apurar eventual responsabilidade civil em decorrência de suposto ato de violação à honra e à dignidade de afrorreligiosos, bem como de lesão a bem cultural especialmente protegido”.
Condenação
Ontem, mais uma polêmica sobre a artista teve atualização. Ela, ao lado do marido e cinco empresas ligadas ao casal, foi condenada em uma ação trabalhista movida por Danilo Souza, conhecido como Danilo Black, ex-backing vocal da banda da cantora. O processo, concluído em setembro do ano passado, reconheceu o vínculo empregatício entre as partes.
Danilo Black, que trabalhou com Claudia entre 2018 e 2022, alegou que nunca teve a carteira assinada, recebendo inicialmente R$ 700, valor que chegou a R$ 1.400 ao final do contrato. Ele afirmou ter sido dispensado sem justa causa e sem o pagamento das verbas rescisórias devidas.
Confira outras sete polêmicas envolvendo Claudia Leitte:
Homofobia
Em 2008, quando ainda estava grávida de Davi, Claudia Leitte foi acusada de homofobia depois que, em entrevista ao TV Fama, ela disse preferir que seu filho fosse heterossexual.
“Eu adoro os gays, mas prefiro que meu filho seja macho”, afirmou. Para piorar a situação, depois, o marido da cantora, Márcio Pedreira, ainda fez um comentário que intensificou ainda mais a polêmica. “Deus me livre. Ele será bem-criado”, disse.
‘Negalora’ e blackface
Outra grande polêmica envolvendo a artista aconteceu em 2012. Naquele ano, ela foi acusada de blackface (quando uma pessoa de pele branca se pinta para ficar negra), após a arte usada para a capa do álbum ‘Negalora’.
Na imagem, Claudia Leitte aparece com metade do corpo negro para “simbolizar suas raízes”. A atitude dela desagradou movimentos de luta antirracista ao redor do país. Mesmo com as críticas, a cantora voltou a usar o termo “negalora” em 2016. Ao ser novamente criticada, ela disse que Carlinhos Brown a apelidou assim.
Pintinhos pisoteados
Já em 2015, durante uma de suas participações no programa ‘Encontro’, que na época ainda era apresentado por Fátima Bernardes, Claudia contou uma história sobre o seu casamento com Márcio Pedreira que rendeu diversas críticas para a cantora. Ela disse que um amigo levou pintinhos para a cerimônia e soltou os animais no salão de festas.
“A minha avó começou a pisar no pinto, e foi uma coisa… o pintinho ‘piu’ e, ploft, morrendo. Foi um verdadeiro genocídio”, contou. Depois da fala dela, associações e ONGs de protetores de animais se pronunciaram contra Claudia.
Sexo para agradar o marido
Também em 2015, Claudia Leitte se viu em meio a mais uma polêmica após uma fala considerada machista. Em uma entrevista ao portal Gshow para dar dicas sobre casamento e relacionamentos, ela afirmou que as mulheres deviam estar sempre arrumadas para os homens, e também fazer sexo mesmo sem vontade para “manter a chama acessa”.
“Nunca fique descabelada na frente da pessoa que você gosta. Nem sem escovar os dentes, pelo amor de Deus […] Vá correndo ao banheiro, escova os dentes, volta correndo pra cama, finge que tá dormindo e ó, o hálito fica incrível de manhã cedo”, recomendou.
Ela seguiu: “Se você tá cansada, chegou do trabalho exausta, mas faz uma semana que não acontece nada e a pessoa tá lá louca… Bota sua melhor lingerie e vai! Ou vai sem nada mesmo, mas vai! E se você achar que está um pouco fora do peso é só colocar uma meia luz que isso resolve toda a situação”.
Falta de posicionamento
Em 2021, quando o Brasil começou a sair nas ruas após a flexibilização das restrições geradas pela pandemia, o nome de Claudia Leitte ficou em alta devido à falta de um posicionamento político, detalhe que irritou os internautas. Isso porque Claudia se esquivou de comentar sobre a gestão política do país durante uma participação no programa ‘Altas Horas’.
Na ocasião, quando Serginho Groisman perguntou à cantora, a Deborah Secco e a Ana Maria Braga o que as deixava indignada. “A minha indignação? Eu tenho um coração pacificador. Eu me indigno, sou capaz de virar tudo pelo avesso, de chutar as barracas, mas acho que todo mundo tem um lugar onde pode brilhar uma luz para desfazer o que está acontecendo e se essa luz se acende, obviamente, não vai ter escuridão”, disse.
Em seguida, Deborah Secco respondeu a mesma pergunta e afirmou que ficava indignada com “normalizar as piores coisas e seguir adiante como se estivesse tudo bem”.
Lei Rouanet
No ano de 2016, aconteceu uma das principais polêmicas da carreira de Claudia Leitte. Ela foi autorizada pelo Ministério da Cultura a captar mais de R$ 350 mil para lançar sua biografia via Lei Rouanet em 2016. O caso, no entanto, não repercutiu bem e a cantora acabou criticada até pelos próprios fãs, que entenderam que a artista possuía recursos para bancar o próprio projeto.
Depois da repercussão negativa, a assessoria da cantora divulgou um comunicado informando que, na verdade, o projeto já havia sido arquivado em 2015. Contudo, não era a primeira vez que Claudinha usufruía da autorização do governo federal para captar recursos, já que, em 2013, o Ministério da Cultura havia concedido a permissão para que ela conseguisse R$ 6 milhões para fazer 12 shows. Após diversas críticas, o valor foi reduzido para R$ 1,2 milhão.
Plágio?
E como se não bastasse, Claudia Leitte também já foi acusada de plágio quando lançou a música ‘Lacradora’. Tudo aconteceu depois que o produtor musical Péricles Lima, responsável pelo projeto ‘Boss in Drama’, sugeriu que o hit teria letra muito semelhante a ‘Lista VIP’, que escreveu em parceria com Karol Conka.
“Bati o olho e achei que estivesse lendo a letra de “Lista Vip’”, escreveu ironicamente no Facebook. A artista não se pronunciou sobre o assunto.
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