Editorial - O Brasil contra o terror
A violência como expressão mais fidedigna de seguidores de ideologia de extrema-direita precisa ser contida com proporcional rigor pelos órgãos de repressão e de inteligência da Polícia e do Poder Judiciário.
Toda a cidadania foi atingida em quatro atentados, merecendo o repúdio de todos quantos prezam o Estado Democrático de Direito como o melhor método de garantia do convívio civilizado.
Não se pode aceitar lentidão nas investigações tampouco impunidade pois a inação servirá de incentivo aos fanáticos criminosos em escalada de consequências imprevisíveis.
O crime inicial da série teve a utilização de um drone, em Uberlândia, Minas Gerais, ao servir o aparelho para o objetivo de espalhar substâncias semelhantes a excrementos sobre o público na passagem de Lula pela cidade.
Outro ataque revelador da torpeza de caráter e da indigência moral dos seguidores do ideário maligno foi o arremesso de uma bomba de fezes em evento com a presença do ex-presidente na Cinelândia, centro do Rio.
O agropecuarista Rodrigo Luiz Parreira, vulgo “Rodrigão Treta”, foi detido e teve sua prisão preventiva a pedido do Ministério Público Federal, em exemplo a ser seguido como forma de defender o país de inaceitável retrocesso.
Mais uma grave ocorrência atentou contra a vida do juiz de direito Renato Borelli, ao ser surpreendido com sacos de ovos e detritos atirados contra a vidraça do veículo do magistrado, felizmente capaz de recuperar o controle do automóvel.
A vítima irritou recentemente os adeptos de comportamento similares aos do nazifascismo, ao determinar a investigação do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, por articular junto a pastores pentecostais táticas de subtração do erário.
A sanha insana de despreparados para aceitar os índices registrados em pesquisas de opinião teve seu mais recente e tenebroso episódio com um tiro disparado contra a redação da sede do jornal Folha de S. Paulo.
O trabalho responsável dos policiais tem de deter, com urgência, a ação covarde dos terroristas.