Receio: Síria em mãos de radicais islâmicos
Apesar das tropas sírias fiéis ao predidente-ditador, Bashar Assad, terem recuperado parte do terreno perdido para os rebeldes, a guerra civil neste país está longe de uma decisão. Prevalece a impressão que o conflito ainda levará meses, talvez anos, para ter chegar ao fim. Além do terrivel sofrimento imposto à população civil, cresce o temor pela queda do país em mãos de grupos radicais muçulmanos tipo Salafistas-Takfir ou o Nusra Front.
Um aspecto importante nesta intervenção de elementos radicais é o temor inspirado em outros paíes da região próxima da Síria como Líbano, Israel e Iraque e países europeus. Até o Irã dos aiatolás xiitas não quer ver a Síria tombando em mãos de radicais sunitas. No Oriente Médio hoje, a luta entre sunitas e xiitas suplantou atá a luta contra Israel. Calcula-se que, muito mais que nas guerras com Israel, esta luta entre as duas facções rivas do Islamismo poderá trazer ainda mais destruição e perda de vidas inocentes. Só na Síria, calcula-se, já morreram mais de 120.000 pessoas, para não falar na extensa destruição física em cidades, vilarejos, rede escolar, hospitais e plantações.
"A Síria está voltando à Idade Média", disse um importante jornalista iraquiano que regressou recentemente daquele país. O conhecido comentarista libanês, Ramy G. Khouri, do Daily Star de Beirute, escreveu estes dias que os grupos radicais islâmicos estão à procura de montar uma base na Síria de onde poderão agir mais facilmente contra Israel, os xiitas do Líbano e até em países europeus próximos. Israel, por enquanto, está "assistindo de camarote" esta guerra travada por dois inimigos e faz tudo para não se envolver.
Os EUA, que a princípio correu a criar uma comissão de paz para a Síria, a se reunir em Genebra ainda este ano, está na dúvida e parou de pressionar as partes a se reunir a fim de encontrar uma solução para a Síria. Principalmente, por que a oposição não cosegue formar uma delegação única.
O que está aconetecndo na Síria já não é, exatamente, uma guerra civil, eis que forças estrangeiras, como as citadas acima (Takfir, Nusra e outras) vieram de fora a fim de participar. No mês passado, europeus, americanos, russos e até australianos soaram o alarme para o crescimento da ameaça radical islâmica lutando na Síria. Incluindo declarações de senadores e congressistas em Washington dando o alarme para a infiltração de elementos do El Qaida na luta da Síria.
O El Qaida é assombração para os americanos após o atentado nas Torres Gêmeas em Nova York, há 12 anos e que deixou cerca de 3.000 mortos Após matarem o seu líder Bin Laden, os americanos querem ver o fim total da El Qaida. Também os russos, que enfrentam islamistas na região do norte do Cáucaso e Chechênia demonstram preocupação com o que acontece na Síria.
Os europeus falam hoje abertamente em grupos de jovens, nascidos na Europa, filhos de imigrantes de países muçulmanos, que têm livre trânsito no continente europeu e EUA, graças a passaportes da União Européia, estão utilizando a facilidade para se incorporar aos que estão lutando na Síria. Os Ministérios do Exterior da França e Bélgica informaram que entre 1.500 e 2.000 cidadãos europeus, filhos de imigrantes de países árabes foram para a Síria se juntar à luta dos sunitas contra Assad.