EXECUÇÃO BRUTAL
Cozinheira é executada a tiros após se recusar a envenenar policiais
Crime teria sido cometido por integrantes do Comando Vermelho; três suspeitos foram presos

Por Andrêzza Moura

A cozinheira Antônia Ione Rodrigues da Silva, 45 anos, mais conhecida como Bira, foi executada a tiros dentro de sua casa, na madrugada do sábado, 18, no distrito de Flamengo, em Saboeiro, região do sertão do Ceará. Testemunhas e familiares informaram à polícia que a mulher pode ter sido assassinada após se recusar a colaborar com integrantes da facção Comando Vermelho (CV).
De acordo com relatos, Antônia se negou a envenenar a comida servida aos policiais, como exigido pelos membros da facção. Ela trabalhou como cozinheira no destacamento da Polícia Militar de Saboeiro até dezembro do ano passado.
A polícia teve acesso a uma conversa na qual a cozinheira teria respondido aos criminosos: "Eu enveneno a [comida] de vocês, que gosta de vagabundo, mas não a da polícia", ao rejeitar a ordem.
Outra versão aponta que ela pode ter sido morta por ser amiga e pessoa de confiança dos policiais e, supostamente, repassar informações sobre a movimentação do membros do CV, principal organização criminosa investigada no caso.
O crime e prisões
Antônia foi morta, por volta das 2h da madrugada, após quatro homens invadirem a residência, onde ela dormia com os dois filhos, entre esses, uma menina de 12 anos, que presenciaram toda a ação.
Dois homens, de 20 e 21 anos, foram presos em flagrante no mesmo dia do crime. Um adolescente foi apreendido para prestar esclarecimentos. Informações dão conta de os três são integrantes do Comando Vermelho e líderes do tráfico de drogas em Saboeiro.
Em depoimento à polícia, o adolescente revelou que, um dia antes do crime, foi convidado pelos dois homens para participar, no entanto, teria recusado. Ainda segundo ele, o motivo seria a proximidade de Bira com a polícia.
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Também em depoimento, familiares e moradores da região relataram que, dias antes de Bira ser executa, o adolescente a ameaçou. O filho dela confirmou essa informação.
Durante os interrogatórios, os dois homens presos admitiram que a cozinheira frequentemente colaborava com a polícia, denunciando criminosos.
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