OPERAÇÃO
Lideranças do BDM conectados ao PCC são alvo de operação na Bahia
Facção mantinha atuação ativa mesmo com líderes presos no sistema prisional baiano
Por Redação

Uma operação de grande porte deflagrada nesta quarta-feira, 6, atingiu em cheio a estrutura financeira e operacional do Bonde do Maluco (BDM), facção regional parceira do Primeiro Comando da Capital (PCC), que atua dentro e fora da Bahia. Batizada de Operação Poeta, a ação é fruto de uma força-tarefa liderada pelo Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) e resultou na prisão de seis pessoas, além do cumprimento de 11 mandados judiciais em Salvador, Região Metropolitana e no interior do estado.
Duas prisões ocorreram dentro do sistema prisional da capital. Outras quatro aconteceram em pontos estratégicos: nos bairros de Mussurunga e Águas Claras, além das cidades de Lauro de Freitas e Saubara. Também foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, com apreensão de drogas, eletrônicos e um veículo, itens que agora passam por perícia para aprofundamento das investigações.

O grupo alvo da operação é apontado como altamente estruturado, com divisões internas bem definidas, incluindo um núcleo financeiro comandado por uma mulher presa em Saubara. Ela seria responsável por gerir os recursos oriundos de "consórcios" entre os próprios integrantes da quadrilha, utilizados para custear as ações ilegais da facção.
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Mesmo com lideranças já custodiadas pelo sistema prisional, o grupo mantinha influência ativa na cadeia de tráfico de entorpecentes e na circulação de armas de fogo. A base principal das operações era Salvador, mas com forte presença também em cidades do interior baiano, na Região Metropolitana e até no estado de São Paulo.

A ofensiva mobilizou um contingente de 128 agentes da Polícia Civil e contou com o apoio de diversos setores especializados, como a Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core), o Departamento de Repressão ao Tráfico de Drogas (Denarc), a Coordenação de Polícia Interestadual (Polinter), o Departamento de Inteligência Policial (DIP) e o Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic).
A expectativa é que os dados levantados na ação sirvam de base para novas etapas da investigação, aprofundando o mapeamento da estrutura da organização e ampliando o cerco contra o crime organizado no estado.
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