POLÍCIA
PF inicia perícia em tornozeleira danificada por Bolsonaro
Ex-presidente confirmou a policiais usou solda para tentar abrir o equipamento

Por Redação

A Polícia Federal iniciou a perícia na tornozeleira eletrônica danificada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Duas equipes do Instituto Nacional de Criminalística estão responsáveis pelos exames.
O setor de Perícias Eletrônicas e Audiovisuais analisa possíveis danos no sistema e nos registros do equipamento, enquanto o Laboratório de Microvestígios registra, em detalhes, as marcas deixadas na tornozeleira e pode comparar o material com instrumentos que tenham sido usados para romper o dispositivo. As informações são da CNN.
Bolsonaro usou solda para tentar abrir tornozeleira
O ex-presidente Jair Bolsonaro usou um ferro de solda para tentar abrir a tornozeleira eletrônica. Um vídeo anexado ao processo judicial do ex-presidente Jair Bolsonaro mostra o momento em que ele admite ter danificado o equipamento com um ferro de soldar, horas antes de sua prisão preventiva, na manhã deste sábado, 22.
Na gravação, a diretora-adjunta da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal, Rita Gaio, conversa com Bolsonaro sobre o estado do equipamento, que apresentava sinais de queimadura e violação no case.
Durante o diálogo, Bolsonaro detalha o ocorrido e, ao ser questionado se usou algum objeto para queimar a tornozeleira, ele responde: "meti um ferro quente aqui", esclarecendo que se tratava de um ferro de soldar. A diretora pergunta ainda se ele tentou puxar a pulseira, e o ex-presidente nega, afirmando que apenas o case foi danificado. Ele também informa que a ação ocorreu no final da tarde [da sexta-feira, 21], e garante que a pulseira permaneceu intacta.
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O ministro do STF, Alexandre de Moraes, retirou o sigilo sobre o relatório e o vídeo da Seap e deu prazo de 24 horas para que a defesa de Bolsonaro se manifeste sobre a tentativa de violar a tornozeleira.
“O equipamento possuía sinais claros e importantes de avaria. Haviam marcas de queimadura em toda sua circunferência, no local de encaixe/fechamento do case. No momento da análise o monitorado foi questionado acerca do instrumento utilizado. Em resposta, informou que fez uso de ferro de solda para tentar abrir o equipamento”, diz o relatório.
A tornozeleira foi, então, substituída por outro equipamento.
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