POLÍCIA
Saiba quem é o advogado investigado por tentar soltar líder do BDM com decisão falsa
Documentos, notebooks e pen drives foram apreendidos no escritório do investigado

Por Luan Julião

A Polícia Civil da Bahia deflagrou a Operação Fake Freedom contra o advogado Antonio Jorge Santos Júnior, suspeito de tentar burlar a Justiça por meio de um documento judicial falsificado que simulava uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O objetivo seria obter a soltura de Averaldo Ferreira da Silva Filho, o “Averaldinho”, apontado como líder do Bonde do Maluco (BDM), facção criminosa com atuação nos bairros do Calabar e Alto das Pombas, em Salvador.
Durante a operação, realizada no escritório do advogado, a polícia apreendeu três notebooks, duas máquinas de cartão, dois pen drives e diversos documentos, que podem conter provas da tentativa de fraude.
Além disso, a Justiça determinou a suspensão do exercício profissional de Santos Júnior, como medida cautelar diante das suspeitas de conduta criminosa.
A investigação
De acordo com a delegada Lara Candice, titular da Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap), a investigação começou após a apresentação do documento fraudado nos autos do processo criminal. Em 22 de julho, a Secretaria do Juízo certificou que não havia registro da decisão no STJ, apontando indícios claros de falsificação.
O advogado é suspeito de inserir o documento falsificado em um processo judicial, solicitando a expedição de alvará de soltura para Averaldinho, que é investigado por envolvimento em crimes como tráfico de drogas e associação criminosa.
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A operação foi conduzida pela Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap), vinculada ao Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco), reforçando a atuação integrada contra crimes econômicos e fraudes que comprometem a segurança pública.
Quem é Averaldinho
Líder do BDM nos bairros Alto das Pombas e Calabar, Averaldinho está preso desde fevereiro de 2023, quando foi deflagrada a Operação Garrote. Inicialmente detido temporariamente, teve a prisão convertida em preventiva no mês seguinte.
Na ocasião, ele e outros 22 integrantes do grupo foram denunciados pelo Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco) por crimes de associação criminosa e tráfico de drogas.
Atualmente, o criminoso cumpre pena no Conjunto Penal de Serrinha, mas ainda segue como uma das lideranças do tráfico nos bairros de Salvador.
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