MANDADO CUMPRIDO
Vídeo: segundo suspeito por mortes de amigas em Simões Filho é preso
Homem estava com mandado de prisão preventiva em aberto

Por Andrêzza Moura

A Polícia Civil prendeu, nesta terça-feira, 28, Maicon Moreira Santos, 21 anos, apontado como coautor dos assassinatos das amigas Tamara Trindade da Silva, 28, e Mayane Coelho Brandão, 20. Com mandado de prisão preventiva em aberto e considerado foragido da Justiça, ele se apresentou na 22ª Delegacia Territorial de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), onde teve o mandado cumprido.
Segundo o delegado Jader Oliveira, titular da 22ª Delegacia Territorial (DT/Simões Filho), Maicon Moreira Santos é cúmplice do pedreiro Jonas Souza Santos, 20 anos, o Índio, que foi preso anteriormente após confessar o crime e indicar à polícia o local onde os corpos das jovens estavam enterrados.
Ainda conforme Oliveira, embora Jonas tenha detalhado a participação de Maicon no duplo homicídio, ele não confessou o envolvimento e optou por permanecer em silêncio durante o depoimento. O suspeito estava acompanhado de advogados.

"O primeiro autor [Jonas], ele fala qual foi a participação desse [Maicon] aí. Ele ajudou a encurralar as meninas, deu soco na cara de uma delas, ajudou a esconder os corpos, as motos, as armas utilizadas", explicou Oliveira.
Após ser ouvido na unidade policial, Maicon foi encaminhado para a sede da Polícia Interestadual (Polinter), nos Barris, em Salvador, onde ficará custodiado à disposição da Justiça.
Relembre o caso
Tamara Trindade da Silva, 28, e Mayane Coelho Brandão, 20, foram vistas com vida na noite do dia 25 de setembro consumindo bebida alcóolica em um bar, na região do Cia II, em Simões Filho, na companhia de Jonas e Maicon. Os corpos delas foram encontrados no dia 2 de outubro, em uma área de mata de difícil acesso, na localidade de Fazenda Nova, após mais de uma semana de buscas.
O Portal A TARDE teve acesso com exclusividade ao vídeo que mostra vítimas e assassinos juntos no estabelecimento comercial. Nas imagens, eles aparecem conversando, em tom amistoso, e bebendo.
As investigações apontaram que o pedreiro Jonas foi o autor do crime. Ele confessou ter matado Tamara por vingança, alegando que a vítima teria furtado R$ 15 mil de sua casa, e que assassinou Mayane para eliminar uma testemunha, já que ela teria presenciado a morte da amiga.
Segundo ele, após saírem do bar, os quatro seguiram para sua residência, onde ele confrontou Tamara sobre o dinheiro. Diante da negativa da jovem, ele disse tê-la esfaqueado e a atingido com golpes de machado. Mayane foi morta após presenciar o crime.
Ainda conforme as investigações, Jonas contou que Maicon sabia das intenções criminosas e participou ativamente tanto das agressões quanto da ocultação dos corpos. Além de participar das agressões e ajudar a ocultar os corpos, Maicon também foi responsável por esconder as armas e a motocicleta usada pelas vítimas no dia do desaparecimento. O veículo foi localizado em um lago, também em Simões Filho. As armas do crime não foram localizadas
Frieza e motivação por vingança
À época do crime, em conversa com o Portal A TARDE, o delegado Jader Oliveira, revelou que Jonas demonstrou frieza e ausência de arrependimento durante o depoimento. “Ele disse que ela [Tamara] o roubou e fez o que tinha de ser feito”, relatou o titular da 22ª DT.
O crime, segundo a polícia, foi premeditado e motivado por vingança. Outras versões - como a de que as jovens teriam sido mortas por se recusarem a manter relações com os suspeitos - foram descartadas pela investigação.
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Vítimas
Tamara e Mayane eram amigas há cerca de quatro anos. Mayane, mãe de uma criança pequena, morava no bairro Ponto Parada e costumava passar períodos na casa de Tamara, no Cia II. No dia do desaparecimento, as duas haviam sido vistas saindo para beber em um depósito próximo a um cemitério, e câmeras de segurança registraram o momento em que foram seguidas por dois homens em uma moto.
Tamara trabalhava como atendente em um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) em Salvador. Familiares das vítimas acompanharam de perto as buscas e pedem justiça pela morte das duas jovens.
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