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Após Mandetta criticar 'vazios' na Saúde, Vilas-Boas rebate

Ex-ministro afirmou que há na Bahia um “enorme vazio assistencial”, e as pessoas precisam se deslocar muito para receber atendimentos

Publicado sexta-feira, 10 de dezembro de 2021 às 12:52 h | Atualizado em 10/12/2021, 13:48 | Autor: Da Redação

O ex-secretário estadual Fábio Vilas-Boas rebateu críticas feitas pelo ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM) à gestão da Saúde na Bahia.

Em entrevista ao jornal Tribuna da Bahia, o ex-membro do primeiro escalão do governo Jair Bolsonaro (PL) avaliou que há hoje no estado um “enorme vazio assistencial”, e as pessoas precisam se deslocar muito para receber atendimentos.

“Na análise dos números da Bahia, tem muitos vazios assistenciais. Tem áreas enormes em que as pessoas têm que sair. [Áreas] muito grandes, muito grandes. Ali você precisa interiorizar para achar um ponto de equilíbrio no sistema [...] Nós estamos analisando agora qual que vai ser o melhor equilíbrio, mas hoje chama a atenção esse enorme vazio assistencial. Tem várias especialidades, doenças que são interrompidas no meio, algumas têm imagem, outras não têm radioterapia, a outra tem rádio e não tem”, declarou Mandetta, que tem participado da montagem do programa de governo do pré-candidato a governador ACM Neto (DEM).

Em nota, o ex-chefe da Sesab na Bahia respondeu que Mandetta demonstra não conhecer a saúde do estado e lamentou as declarações.

“Suas afirmações revelam total desconhecimento de como está estruturado o Plano Diretor de Regionalização do Estado (PDR), assim como, desconhece também o Projeto de Regionalização e Descentralização da Saúde, conduzido ao longo dos dois últimos governos estaduais”, reagiu Vilas-Boas.

O ex-secretário afirma que quando o atual senador e pré-candidato Jaques Wagner (PT) assumiu o governo estadual, em 2007, a alta complexidade da saúde da Bahia era concentrada em Salvador.

“Não havia uma rede estadual de oncologia, nem de cardiologia, nem de ortopedia de alta complexidade nem de neurocirurgia no interior da Bahia. Essencialmente, tudo de alta complexidade era resolvido nos hospitais do Estado, em Salvador”, diz.

Cotado a concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados por algum partido da base do governo, Fábio Vilas-Boas disse ainda que “tão preocupante quanto o grau de desinformação do ex-ministro de Bolsonaro, é saber que ele é um dos responsáveis pela construção do projeto de Saúde do ex-prefeito e pré-candidato ACM Neto”. 

“Com tantos nomes qualificados na saúde pública baiana, a importação de um consultor externo, sem qualquer vínculo histórico com o Estado, desmerece e desqualifica os profissionais de saúde da Bahia. Importante não esquecer que o ex-ministro possui fortes vínculos com os planos de saúde privados, tendo sido presidente da Unimed por muitos anos, além de ter sido financiado pela Amil na sua eleição para deputado federal e iniciado a sua gestão a serviço de interesses privatistas, chegando a participar de discussões para implantar um modelo de plano de saúde popular que iria minar o SUS”, criticou.

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