BAHIA
Duda Sanches pode assumir CCJ da Câmara no lugar de Paulo Magalhães
Acordo entre membros da comissão pode validar o nome do vereador já nesta quarta-feira
Por Eduardo Dias
Uma reviravolta em torno do comando da Comissão de Constituição e Justiça e Redação Final (CCJ) da Câmara Municipal de Salvador tem mexido com os ânimos dos vereadores. Antes apontada como certa a manutenção de Paulo Magalhães Júnior (União Brasil) como presidente do colegiado, o posto deve na verdade ir para seu colega de partido, Duda Sanches (União Brasil).
Informações de bastidores obtidas pelo Portal A TARDE na sessão de abertura dos trabalhos da Casa na segunda-feira, 3, dão conta de que Paulo já dava como certa sua permanência no comando da CCJ, mas que Duda agia nos bastidores em busca de apoio dos demais membros para compor sua indicação.
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Em conversa com um dos membros da comissão em reservado, o parlamentar argumentou que defende a alternância e rotatividade no comando das comissões, e na CCJ não deveria ser diferente. Sem declarar apoio explícito a um ou a outro, o vereador manteve a defesa do se ponto de vista e alegou que aguarda o desenrolar das tratativas.
Ao Portal A TARDE nesta terça-feira, 4, o vereador Duda Sanches defendeu a ideia de rotatividade e garantiu que as tratativas ocorreram dentro de um processo legítimo e rechaçou os rumores de traição.
“Meu objetivo era construir. Eu pedi voto, ele não pediu a ninguém. Nesse momento, a gente brigou pela dinamicidade do processo, não existe cadeira cativa em comissão. Fiz meu papel. Foi um processo legítimo dentro do partido, não há perdedores ou vencedores, é o resultado decidido pela maioria", afirmou Duda.
Também em contato com outro vereador do União Brasil, foi revelado que o acerto entre Duda e os demais pares está protocolado e documentado como indicação do partido para a comissão desde o dia 29 de janeiro, quando houve uma reunião da bancada para definir os nomes. O prazo dado pelo presidente Carlos Muniz se esgotaria no dia seguinte e o nome de Duda alcançou seis dos sete votos dos vereadores.
O assunto ainda chegou a ser levado para a mesa do prefeito Bruno Reis, que se absteve da definição e mandou os vereadores da bancada de seu partido "se virarem" com a indicação, pois não queria sua assinatura na construção da indicação por mais legítima que fosse.
Procurado, o vereador Paulo Magalhães não atendeu as ligações para falar sobre o assunto. O Portal A TARDE deixa o espaço para caso o parlamentar queira se posicionar.
A definição dos nomes e instalação das comissões deve ser confirmada na quarta-feira, 5. Mas, o assunto ainda pode render pano para a manga, a depender do acerto entre Bruno Reis e Carlos Muniz referente à indicação do PSDB para secretarias prioritárias da gestão municipal.
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