COMBATE AO CRIME
Bolsonarista é indicado para relatar PL Antifacção e governo critica
Gleisi Hoffmann afirmou que indicação pode contaminar o projeto

Por Anderson Ramos

A escolha do secretário de Segurança Pública de São Paulo Guilherme Derrite (PP-SP), para a relatoria do projeto de lei Antifacção do governo federal, provocou comemoração da oposição e irritou governistas.
A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, reagiu à indicação de Derrite. "A opção pelo Secretário de Segurança do governador Tarcisio de Freitas contamina o debate com os objetivos eleitoreiros de seu campo politico. Seguiremos trabalhando no Congresso para que prevaleça o interesse público e seja resguardada a soberania nacional", publicou nas redes sociais.
Antes, a ministra fez a ressalva de que a escolha é uma prerrogativa do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). "A indicação do relator da matéria é prerrogativa do presidente da Câmara", disse Gleisi em postagem.
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Já o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), afirmou que a escolha é um "desrespeito com o presidente Lula" e beira uma "provocação".
"A escolha feita pelo presidente Hugo Motta é um desrespeito com o presidente Lula. O projeto de lei antifacção é uma prioridade do governo Lula e colocar nas mãos do secretário de segurança do governador Tarcísio beira uma provocação. Parece um interesse deliberado de não aprovar e de atrapalhar a tramitação da pauta prioritária do governo na área de segurança pública."
Oposição comemora
Já o senador Ciro Nogueira (PP-PI) elogiou Motta: "Decisão excelente. Parabéns Hugo Motta e Derrite", afirmou em publicação nas redes sociais. O mesmo fez o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ): "Parabéns meu amigo Derrite, vamos pra cima!"
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) disse que o projeto está em boas mãos e que será "um divisor de águas para o Brasil": "Uma honra poder ceder a relatoria em plenário pra alguém tão capacitado e que luta há anos contra o crime organizado. Está em boas mãos e não tenho dúvidas que será um divisor de águas para o Brasil."
Motta afirmou que a ideia é transformar o texto em Marco Legal do Combate ao Crime Organizado no Brasil. A intenção dos parlamentares é analisar a proposta já na semana que vem.
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