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PEC da Blindagem é aprovada; saiba o que pode mudar com proposta
Placar foi de 353 votos favoráveis, 134 desaprovaram; proposta segue para segundo turno

Por Gabriela Araújo

Como uma afronta ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Câmara dos Deputados aprovou em primeiro turno, na noite desta terça-feira, 16, a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Blindagem, que estabelece mais proteção contra as ações judiciais contra deputados e senadores.
O placar foi de 353 votos favoráveis, 134 desaprovaram a proposta e apenas uma abstenção. Agora, a medida segue para análise no segundo turno.
A proposta, quer retomar o texto constitucional existente há 37 anos, e vem sendo endossada por partidos de centro e direita, principalmente os que apoiam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Entre os pontos que constam na PEC 3/21 estão:
- Autorização da Câmara e do Senado para que deputados e senadores sejam processados, na tentativa de enfraquecer a atuação do Judiciário;
- Votação secreta para autorizar ou não o processo contra o parlamentar;
- Foro privilegiado no STF para presidentes de partidos nas infrações penais comuns;
Antes, por 324 votos a 137, os legisladores derrubaram um requerimento para retirar o tema da pauta. Para aprovação da medida, é necessário que a matéria tenha, no mínimo, 308 votos favoráveis.
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O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), por sua vez, defendeu a proposição como “fortalecimento da atividade parlamentar”.
Nesta manhã, o chefe do Legislativo ainda designou o deputado baiano Cláudio Cajado (PP)para assumir a relatoria da matéria. Durante a leitura do documento, o progressista afirmou que a necessidade de autorização do Congresso Nacional para a abertura de processos contra parlamentares.
"É o modelo mais equilibrado, equânime e democrático" para preservar o Legislativo.
Entenda a PEC
A PEC da Blindagem, se aprovada no Congresso, tornaria mais difícil prender deputados e senadores. A prisão só poderia ocorrer em flagrante por crime inafiançável (racismo, tortura, tráfico de drogas, crimes hediondos, etc.), caso em que o plenário da Casa ainda decide se a prisão deve ser mantida ou não.
A matéria foi uma das reivindicações da oposição no momento em que o bloco ocupou a Mesa Diretora, no início de agosto. No entanto, a oposição ao governo Lula (PT) mantém a reivindicação da anistia como pauta "número zero".
Votação da bancada baiana
Votaram a favor:
Adolfo Viana (PSDB-BA)
Arthur O. Maia (União-BA)
Bacelar (PV-BA)
Capitão Alden (PL-BA)
Claudio Cajado (PP-BA)
Dal Barreto (União-BA)
Diego Coronel (PSD-BA)
Elmar Nascimento (União-BA)
Félix Mendonça Jr (PDT-BA)
Gabriel Nunes (PSD-BA)
José Rocha (União-BA)
Leo Prates (PDT-BA)
Leur Lomanto Jr. (União-BA)
Márcio Marinho (Republicanos-BA)
Mário Negromonte Jr (PP-BA)
Neto Carletto (Avante-BA)
Paulo Azi (União-BA)
Paulo Magalhães (PSD-BA)
Raimundo Costa (Podemos-BA)
Ricardo Maia (MDB-BA)
Roberta Roma (PL-BA)
Rogéria Santos (Republicanos-BA)
Votaram contra:
Alice Portugal (PCdoB-BA)
Antonio Brito (PSD-BA)
Charles Fernandes (PSD-BA)
Daniel Almeida (PCdoB-BA)
Ivoneide Caetano (PT-BA)
Jorge Solla (PT-BA)
Joseildo Ramos (PT-BA)
Josias Gomes (PT-BA)
Lídice da Mata (PSB-BA)
Otto Alencar Filho (PSD-BA)
Pastor Isidório (Avante-BA)
Valmir Assunção (PT-BA)
Waldenor Pereira (PT-BA)
Zé Neto (PT-BA)
Abstenção:
Alex Santana (Republican-BA)
Não votaram:
João Leão (PP-BA)
João Carlos Bacelar (PL-BA)
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