DECISÃO JUDICIAL
Caso Martinha: taxista é condenado a 29 anos por matar ex-companheira
Julgamento ocorreu nesta terça-feira, 7

Por Leilane Teixeira

O taxista Carlos Mendes Júnior foi condenado a 29 anos e 8 meses de prisão, em regime fechado, pelo assassinato da ex-esposa, Helmarta Sousa Santos Luz, estrangulada em setembro de 2024.
O julgamento ocorreu nesta terça-feira, 7, no Fórum Gonçalo Porto de Souza, em Valença, no baixo sul da Bahia, e durou mais de dez horas. Segundo os advogados da família, ele foi condenado por:
- homicídio triplamente qualificado;
- ocultação de cadáver;
- fraude processual.
O júri terminou por volta das 20h30 e foi formado por:
- homens e uma mulher;
- ouviu peritos;
- o coordenador do DPT;
- o médico legista;
- e familiares da vítima — entre eles a filha de 15 anos, a irmã e o namorado.
O crime
O corpo de Helmarta foi encontrado no rio Jacuripe, próximo à Ponte do Funil, em Itaparica, no dia 27 de setembro de 2024, três dias após o desaparecimento.
A auxiliar administrativa foi sepultada sob forte comoção em Mutuípe, no Vale do Jiquiriçá, com cortejo e homenagens que pediam justiça e o fim da violência contra a mulher.
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Em depoimento, Carlos Mendes confessou o crime. Ele contou que estrangulou Helmarta com uma corda, colocou o corpo no porta-malas do carro e o levou até a Ponte do Funil, onde o arremessou de uma altura de 20 metros, utilizando pesos de academia para impedir que o corpo boiasse. O acusado mostrou o local à polícia no dia 26 de setembro.
Relacionamento e motivação
Helmarta e Carlos viveram juntos por 16 anos e tiveram uma filha de 15 anos. Separados havia oito meses, o taxista não aceitava o fim da relação.
Segundo familiares, ele era ciumento e abusivo. Poucos dias antes do crime, a vítima havia começado um novo relacionamento, o que teria irritado o ex-marido. Na véspera do assassinato, os dois discutiram na frente da filha, segundo testemunhas.
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