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POLÍTICA

Eleições: confira o cenário político da Bahia para 2026

Portal A TARDE traz panorama de momento para o pleito do próximo ano

Cássio Moreira

Por Cássio Moreira

04/10/2025 - 8:00 h
Jerônimo Rodrigues em campanha com o presidente Lula
Jerônimo Rodrigues em campanha com o presidente Lula -

No dia 4 de outubro de 2026, os eleitores baianos irão às urnas nos 417 municípios para a escolha do governador (e vice), de dois senadores, 39 deputados federais e 63 estaduais. Pouco mais de um ano para o primeiro turno do pleito, os principais grupos políticos do estado já se movimentam nos bastidores para a formação de alianças e viabilização de candidaturas. O Portal A TARDE traz agora um panorama do cenário político inicial, que deve mudar ao longo dos próximos meses.

O atual governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), é natural candidato à reeleição, seguindo o caminho dos seus antecessores petistas, Jaques Wagner e Rui Costa. A chapa majoritária, no entanto, passará por modificações, contando com outros nomes.

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Jerônimo Rodrigues e a chapa majoritária

Em 2022, Jerônimo contou com o MDB no posto de vice, com o então presidente da Câmara Municipal de Salvador, Geraldo Júnior, ocupando o cargo. Apesar das sinalizações recentes dos emedebistas para a manutenção da dobradinha, outras legendas já mostram interesse na composição.

Grupo governista liderado pelo presidente Lula
Grupo governista liderado pelo presidente Lula | Foto: Ricardo Stuckert | PR

Um dos interessados no cargo de vice é o Avante, antes 'nanico', mas agora turbinado com 75 prefeituras e o comando da Secretaria Estadual de Agricultura. A sigla comandada por Ronaldo Carletto não tem feito gestos públicos, mas alguns de seus quadros já admitem que vão indicar um nome para o posto assim que a discussão 'ganhar corpo'.

Em conversas recentes com o Portal A TARDE, um importante membro do Avante, sob anonimato, argumentou que a legenda tem que sentar na mesa de negociações, uma vez que é a segunda com mais prefeituras no estado, ficando atrás apenas do PSD. Uma das opções, ainda no campo de especulações, é o próprio Ronaldo Carletto, ex-deputado federal, cotado também para a vaga de suplente de um dos candidatos ao Senado.

Sob risco de perder a cadeira ocupada pelo senador Angelo Coronel na chapa, o PSD também é um dos partidos ventilados para indicar o (a) vice de Jerônimo. O próprio parlamentar já apareceu entre as opções, descartando a possibilidade, assim como seu filho Diego Coronel, deputado em primeiro mandato.

Também do PSD, a presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Ivana Bastos, é um outro nome cogitado para a vice. Assim, a primeira mulher a comandar a Alba em dois séculos de existência se tornaria a pioneira como vice-governadora no estado, em uma eventual reeleição de Jerônimo tendo ela como companheira.

O anúncio do escolhido para a vice, no entanto, só deve ocorrer no primeiro semestre de 2026, com os arranjos partidários e definições de apoio.

Senado: três nomes e duas vagas

O grupo que governa a Bahia desde 2007 vive um impasse interno com três potenciais pré-candidatos ao Senado, sendo que apenas duas vagas estarão em jogo. Os senadores Jaques Wagner (PT) e Angelo Coronel (PSD), que desejam concorrer à reeleição, já afirmam em mais de uma ocasião que seus nomes continuam na disputa, enquanto o ministro Rui Costa (PT) tem dito que pretende tentar uma das cadeiras.

Imagem ilustrativa da imagem Eleições: confira o cenário político da Bahia para 2026
| Foto: Carlos Casaes | GOVBA

Ministro-chefe da Casa Civil do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Rui Costa governou a Bahia por oito anos. Em 2018, quando foi candidato à reeleição, o petista obteve 5.096.062 votos, a maior votação da história de um governador no estado.

Quatro anos depois, em 2022, deixou o Palácio de Ondina sob alta aprovação, fazendo o então ‘desconhecido’ Jerônimo Rodrigues (PT), conhecido por sua atuação na Secretaria Estadual de Educação, seu sucessor, em com a segunda maior votação de um governador da história da Bahia. Desde então, Rui tem deixado claro sua intenção de assumir uma cadeira no Senado, seguindo o caminho dos seus antecessores.

"São duas vagas para o Senado que a Bahia tem direito em 2026. Comuniquei ao Presidente Lula meu desejo e vou conversar com todos [...] Não basta eleger o Prefeito, o Presidente. O Prefeito vai precisar dos vereadores; o Presidente vai precisar da Câmara e do Senado", afirmou Rui em entrevista recente, reforçando seu desejo.

O desenho dos sonhos para alguns dos petistas é manter o PSD na base, mantendo a aliança histórica no estado, mas sem a cadeira de Coronel, que seria compensado de outra maneira. Assim, pela primeira vez, o PT estaria na cabeça das três vagas da majoritária, formando uma chapa ‘puro sangue’, com Jerônimo, Rui e Wagner.

No entendimento de alguns nomes consultados, a “chapa dos sonhos”, como é chamada, seria a consolidação de um projeto de duas décadas no estado, além de ser, na avaliação deles, ‘imbatível’.

A majoritária puro sangue também poderia impulsionar as candidaturas do PT à Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).

"Esperamos voltar para a época em que a gente tinha até 15 deputados aqui, mesmo sabendo que tem a federação", afirmou um deputado estadual do PT ao Portal A TARDE, em conversa no início de 2025.

Apoio dos prefeitos

Outro trunfo para a base governista é a relação com os prefeitos baianos, hoje em sua maioria aliados do Palácio de Ondina. A migração de parte dos poucos prefeitos que se mantinham na oposição, nos últimos meses, acendeu o sinal de alerta em parte da oposição, já que os gestores municipais são vistos como principais cabos eleitorais de suas cidades.

A tendência é que Jerônimo chegue em 2026 com mais de 300 prefeitos ao lado. O número, embora simbólico, não tem envaidecido o entorno do petista. Sob anonimato, um importante secretário estadual afirmou ao Portal A TARDE: “Mais que quantidade, estamos prezando pela qualidade. Não podemos esquecer que perdemos em cidades onde tínhamos o prefeito, e vencemos em algumas que o prefeito estava com a oposição”.

Dois prefeitos, no entanto, são cobiçados por Jerônimo e seus aliados: Zé Cocá (PP), de Jequié, e José Ronaldo (União Brasil), de Feira de Santana. O primeiro tem atuado de maneira independente, enquanto o segundo, embora ainda esteja na oposição, tem mantido uma relação institucional próxima com o petista.

Eleito em 2020 com campanha intensa do então governador Rui Costa, Zé Cocá rompeu com o governo em 2022, quando o PP, seu partido, decidiu apoiar ACM Neto. Após o pleito, entretanto, o prefeito tem se aproximado de Jerônimo, dando sinais de que deve formalizar a aliança política ainda este ano.

Apesar de condicionar seu apoio ao que for obtido por sua gestão no município, o prefeito de Jequié já admite nos bastidores, segundo apuração feita pelo Portal A TARDE, que a tendência é caminhar com Jerônimo, mesmo com o PP, seu partido, formando uma federação partidária com o União Brasil de ACM Neto.

Outro prefeito que tem atraído a atenção do governo é José Ronaldo (União Brasil), no quinto mandato à frente de Feira de Santana. O gestor, aliado de ACM Neto (União Brasil), é considerado uma das peças fundamentais do tabuleiro político da Bahia, uma vez que comanda a segunda maior cidade do estado.

Nomes próximos a José Ronaldo, no entanto, afirmam ao Portal A TARDE, sob anonimato, que o prefeito tem mantido as conversas com o Palácio de Ondina apenas no âmbito institucional, sem qualquer aceno para uma aliança política.

Quais partidos devem apoiar Jerônimo Rodrigues em 2026?

Algumas siglas já sinalizam que vão apoiar o governador Jerônimo Rodrigues no próximo ano, com a adesão de partidos que não estiveram com ele em 2022, como o PDT, que retornou recentemente para a base, e o Cidadania, caso prossiga o processo de formação de uma federação com o PSB.. A coligação encabeçada pelo petista pode ter a seguinte composição:

  • PT
  • MDB
  • PSD
  • Avante
  • Solidariedade
  • PRD
  • PV
  • PCdoB
  • PSB
  • Podemos
  • PDT

Oposição

ACM Neto (União Brasil), ex-prefeito de Salvador, deve ser novamente candidato ao governo em 2026. O vice-presidente nacional do União Brasil tem viajado por algumas cidades do interior baiano para tentar viabilizar o seu nome. A tendência, no entanto, é de um cenário mais difícil do que o encontrado em 2022.

João Roma e ACM Neto podem formar chapa
João Roma e ACM Neto podem formar chapa | Foto: Reprodução | Redes Sociais

Neto pode apostar mais uma vez em Salvador, onde o prefeito Bruno Reis (União Brasil), seu principal aliado, foi reeleito com votação recorde em 2024, e na Região Metropolitana. Camaçari, antes a segunda maior cidade administrada por seu grupo político, agora está sob o comando de Luiz Caetano (PT), o que deve refletir em uma maior dificuldade de penetração.

Para a chapa majoritária, alguns nomes já começam a circular. Os mais fortes, até o momento, são João Roma (PL), com quem havia rompido, mas já se reaproximou, Adolfo Viana (PSDB), considerado um dos principais quadros do PSDB a nível nacional, e Márcio Marinho (Republicanos).

O senador Angelo Coronel, que pode ser preterido na chapa majoritária governista, também é visto como um bom nome para compor o bloco de oposição.

No momento, Roma é tratado como um ‘coringa’. Se em 2022, o ex-ministro da Cidadania fez falta na composição de Neto, agora em 2026, ele é visto como prioridade para uma das vagas ao Senado ou para a vice. Além disso, o PL, seu partido, terá o maior tempo de televisão e o maior fundo eleitoral no pleito do próximo ano.

No entorno de ACM Neto, há um entendimento de que os nomes escolhidos na eleição anterior não colaboraram para agregar votos. Na ocasião, o líder da oposição teve a empresária Ana Coelho (Republicanos) como vice, enquanto a única vaga do Senado foi preenchida pelo então deputado federal Cacá Leão (PP).

A ideia é não repetir os mesmos erros cometidos na experiência anterior, tendo uma chapa mais ‘política’ e com maior apelo de votos.

Quais partidos devem apoiar ACM Neto em 2026?

Segundo aliados de Neto, o ex-prefeito de Salvador tem pensado na estratégia inversa do que foi feito em 2022, quando contou com mais de dez partidos na coligação. Desta vez, a oposição trabalha com um bloco mais enxuto, formado pelas seguintes siglas:

  • União Brasil
  • PSDB
  • PL
  • Republicanos
  • DC
  • Mobiliza
  • PRTB

Psol e novos movimentos

O Psol também já trabalha na formação da chapa majoritária para as eleições do próximo ano. Uma resolução divulgada pela sigla este mês definiu a pré-candidatura de Ronaldo Mansur ao governo da Bahia, tendo Meire Reis, também do Psol, como vice.

Para uma das vagas ao Senado, a indicação é Delliana Ricelli. O Psol deixou o outro espaço para o Congresso na chapa para a Rede, com quem hoje forma uma federação.

Imagem ilustrativa da imagem Eleições: confira o cenário político da Bahia para 2026
| Foto: Divulgação

Alba

A Assembleia Legislativa da Bahia da Bahia (Alba) também escolherá sua nova legislatura no próximo ano. Os 63 deputados estaduais são comandados por Ivana Bastos (PSD), primeira mulher a assumir o legislativo baiano em dois séculos, parlamentar mais votada para a Casa no último pleito.

Ivana Bastos e o governador Jerônimo Rodrigues
Ivana Bastos e o governador Jerônimo Rodrigues | Foto: Divulgação | GOVBA

A expectativa é de que parte dos deputados se reorganize em outras siglas. O PP, por exemplo, deve perder a maioria da sua bancada para siglas como Avante e PSB. O PRD, agora nas mãos de Marcinho Oliveira, também acolherá alguns parlamentares.

Salto dos deputados

Um grupo de deputados estaduais já planeja disputar as 39 cadeiras da bancada baiana na Câmara Federal no próximo ano. Entre os nomes, estão Olívia Santana (PCdoB), Alan Sanches (União Brasil), Manuel Rocha (União Brasil), Robinho (União Brasil), Raimundinho da Jr. (PL) e Leandro de Jesus (PL).

Data da eleição

Segundo o calendário apresentado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o primeiro turno das eleições de 2026 acontecerá no 4 de outubro. Caso haja segundo turno, a data prevista é 25 do mesmo mês.

Eleições 2026

Cargos em disputa na Bahia:

  • Governador/vice-governador
  • Senador (duas cadeiras)
  • Deputado federal (39 cadeiras)
  • Deputado estadual (63 cadeiras)

Quem ocupa os cargos em jogo?

  • Governador: Jerônimo Rodrigues (PT)
  • Vice-governador: Geraldo Júnior (MDB)
  • Senadores: Angelo Coronel (PSD) e Jaques Wagner (PT)
  • Presidência da Assembleia Legislativa da Bahia: Ivana Bastos (PSD)

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deputados federais eleições 2026 Jerônimo Rodrigues

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