POLÍTICA
Pessoas indiciadas por tentativa de golpe negam acusações; confira
Ao todo, 37 pessoas indiciadas pela Polícia Federal
Por Redação
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi indiciado pela Polícia Federal (PF) junto com o general Braga Netto, ex-ministro da Defesa, Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e mais 33 pessoas por tentativa de golpe de estado.
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No relatório final das Operações Tempus Veritatis e Contragolpe a PF apontou abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado e organização criminosa. Alguns dos indiciados já se manifestaram negando as acusações.
Veja quem já se pronunciou sobre o caso
Jair Bolsonaro
Em entrevista do Metrópoles, Bolsonaro criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator relator do processo na Suprema Corte.
“O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei. Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar", disse.
Augusto Heleno
Por meio de sua defesa, disse que não vai se manifestar.
Fernando Cerimedo
O argentino Fernando Cerimedo afirmou que há provas de que ele pede para não ir ao Palácio do Planalto "nem antes nem durante o dia 8 de janeiro". "Questionar os resultados não pode ser considerado um golpe de Estado", afirmou.
José Eduardo de Oliveira e Silva
A defesa do padre José Eduardo critiou o fato de a PF ter divulgado o nome dos indiciados. "A nota da Polícia Federal com a lista de indiciados é mais um abuso realizado pelos responsáveis da investigação e, tendo publicado no site oficial do órgão policial, contamina toda instituição e a torna responsável pela quebra da determinação do Ministro de sigilo absoluto".
Marcelo Costa Câmara
A defesa do coronel Marcelo Câmara disse que "discorda veementemente do indiciamento, pois entende que ele não se sustenta diante da ausência de qualquer elemento concreto que vincule" o seu cliente às condutas investigadas. "Confiamos que o representante do Ministério Público, em sua atuação isenta, técnica e guiada pela busca da verdade, reconhecerá a necessidade de diligências complementares para esclarecer integralmente os fatos".
Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho
Paulo Figueiredo Filho disse que a conduta que lhe é atribuída é a "de reportar, com precisão, os acontecimentos envolvendo o alto comando do Exército brasileiro". "Curiosamente, não estive no Brasil sequer uma vez em 2022, tendo realizado todo o meu trabalho jornalístico nos Estados Unidos, onde resido há quase uma década".
Rafael Martins de Oliveira
A defesa afirma que ainda não teve acesso ao inquérito e não deve se pronunciar até ter conhecimento total.
Ronald Ferreira de Araujo Junior
A equipe de defesa afirmou que o indiciamento "não condiz, a toda evidência, com a realidade dos fatos". "Militar por vocação, Ronald não participou, a qualquer título, dos supostos crimes investigados, tampouco concorreu, intelectual ou materialmente, para a prática de qualquer conduta voltada à subversão da ordem jurídica do país que sempre procurou dignificar por meio da farda. A defesa, de todo modo, não obstante a conclusão da autoridade policial, confia na análise que será realizada pelo Ministério Público Federal e aguarda o acesso ao relatório da PF para maiores esclarecimentos", afirma.
Tércio Arnaud Tomaz
A defesa de Tércio Arnaud Tomaz disse "discorda veementemente do indiciamento, pois entende que ele não se sustenta diante da ausência de qualquer elemento concreto que vincule" o seu cliente às condutas investigadas. "Confiamos que o representante do Ministério Público, em sua atuação isenta, técnica e guiada pela busca da verdade, reconhecerá a necessidade de diligências complementares para esclarecer integralmente os fatos".
Valdemar Costa Neto
Não vai se manifestar.
Walter Souza Braga Netto
A defesa do ex-ministro Walter Braga Netto disse que "aguardará o recebimento oficial dos elementos informativos para adotar um posicionamento formal e fundamentado".
Almir Garnier Santos
Em nota, a defesa "reitera a inocência do investigado, esclarecendo que ainda não teve acesso integral aos autos".
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