POLÍTICA
Rui Costa destaca alinhamento estratégico no setor produtivo durante Bahia Export
Ministro da Casa Civil defendeu diversificação das exportações e investimentos em ferrovias
Por Anderson Ramos e Eduardo Dias

Durante participação no Bahia Export, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, destacou a relevância de eventos que reúnem empresários e representantes de diversos segmentos econômicos para discutir estratégias de desenvolvimento para o país. O fórum estadual de logística, infraestrutura e transportes é realizado nesta sexta-feira, 15, na sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), no Stiep.
"Debates como esses [são fundamentais] para que fique claro para não só para os empresários baianos, nordestinos, mas para que a gente alinhe as estratégias de desenvolvimento do setor produtivo, não só do setor que investe diretamente na infraestrutura, mas quem vai utilizar a infraestrutura, seja a indústria, seja o agronegócio, que precisa da infraestrutura para baratear seus custos de produção no mundo, que se torna cada vez mais competitivo, onde a diferença de preço e o enfrentamento a tarifas que são impostas", afrimou.
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Tarifaço de Trump ao Brasil
Rui voltou a comentar a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar tarifas aos produtos de exportação brasileira. Ele afirmou que a medida mais eficaz para reduzir impactos econômicos é a diversificação da pauta exportadora, estratégia que, segundo ele, vem sendo adotada desde o início do governo Lula.
“O presidente Lula anunciou um conjunto de estímulos e financiamentos para o setor mais afetado, além do monitoramento de empregos, mas a ação mais efetiva é a que já estamos implementando: a diversificação das exportações brasileiras. Em 2003, 26% das nossas exportações iam para os EUA; hoje, essa participação é de apenas 12%. Estamos fortalecendo relações com países do Brics, como China e Índia, com o mundo árabe e com a União Europeia — com quem devemos assinar o acordo Mercosul-UE até o fim do ano. Assim, ampliamos mercados e diminuímos a dependência de países mais ricos, ganhando musculatura para enfrentar períodos de turbulência como o atual”, disse.

Ataques de Trump ao Mais Médicos
Rui reagiu às declarações e medidas de Trump relacionadas ao programa Mais Médicos. Segundo ele, as falas ignoram o contexto atual do programa e a própria realidade do país.
“Quando o programa foi lançado, no primeiro e segundo mandato do presidente Lula, era porque o Brasil não tinha médicos suficientes. Na última edição, 100% dos inscritos e habilitados foram brasileiros. Hoje, o país que mais tem médicos cubanos no mundo é a Itália, governada por um grupo de extrema direita semelhante ao dos EUA, e não vi nenhuma crítica a isso. No mundo árabe também há muitos médicos cubanos atuando, porque faltam profissionais, e igualmente não há qualquer comentário. Portanto, é uma fala fora de contexto da realidade e mostra um absoluto desconhecimento da realidade brasileira", disse o minsitro.
Investimento do Brasil em ferrovias
Para o minsitro, o Brasil vive um momento singular e maciço de investimentos em ferrovias, com diversificação dos setores privados, parcerias público-privadas, e investimento diretamente públicos.
"Um país continental como o Brasil não pode e não deve, se quer continuar sendo competitivo, continuar tendo predomínio de movimentação de cargas por rodovias. Isso custa muito caro, muito prejuízo e diminui a capacidade de competição das nossas empresas. Portanto, a estratégia de desenvolvimento é fortalecer ferrovias, cabotagem e hidrovias, e por isso estamos vivenciando um forte investimento em ferrovia e também usando os trilhos para passageiros urbanos", pontuou Rui, completando que a proposta de um trem que ligará as ciadades de Salvador e Feira de Santana ainda está em fase de estudos.
"Tem um estudo que está sendo tocado tanto pelo setor privado quanto pela infraestrutura em relação à Feira-Salvador, mas ainda está na fase de estudo e de projeto. E isso precisa ser debatido, mas não é algo par o curto prazo", completou.
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