SALVADOR
Débora Santana quebra silêncio após decisão do TJ-BA sobre o filho
Parlamentar do PDT nega falta de assistência ao atleta Emerson Pinheiro

Por Isabela Cardoso

A vereadora Débora Santana (PDT) se pronunciou após a repercussão da decisão do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) que manteve em liberdade seu filho, Cleydson Cardoso Costa Filho, autor do atropelamento do atleta Emerson Pinheiro, ocorrido na orla da Pituba, em Salvador.
Cleydson, que estava embriagado no momento do acidente, segue respondendo ao processo sob medidas cautelares diversas da prisão, conforme decisão unânime da Primeira Turma da Segunda Câmara Criminal.
Em nota, a vereadora rebateu declarações recentes da defesa de Emerson, que alegava falta de assistência ao atleta. Débora afirmou que a informação “não corresponde à verdade” e que preferiu manter o silêncio até o momento “por orientação dos advogados”.
“Permaneci em silêncio durante todo esse período por orientação jurídica, prezando pela discrição e pelo respeito às partes envolvidas. Contudo, diante das críticas e ofensas infundadas, considero necessário esclarecer alguns pontos”, disse.
A vereadora afirmou que tem arcado com despesas e oferecido suporte contínuo à vítima desde a alta hospitalar, por meio de acordos firmados entre os advogados de ambas as partes.
Segundo Débora, as assistências prestadas incluem locação e mobiliamento de um imóvel escolhido pela família da vítima, ajuda financeira mensal, custeio de sessões de fisioterapia, fornecimento de notebook para estudos e aquisição de cadeira de rodas e outros equipamentos necessários à reabilitação.
A vereadora também frisou que, embora não tenha responsabilidade direta pelo acidente, tem se empenhado pessoalmente em oferecer apoio. “Reafirmo minha solidariedade à vítima e o desejo sincero de que a verdade prevaleça sobre informações imprecisas.”

Tribunal mantém medidas cautelares
A relatora do caso, juíza Nartir Dantas Weber, substituta do 2º grau e ocupante da vaga decorrente da aposentadoria do desembargador Jefferson Alves de Assis, votou contra o pedido do Ministério Público da Bahia (MPBA), que pleiteava a prisão preventiva de Cleydson.
Em seu voto, Nartir destacou que não há elementos concretos que justifiquem a prisão. “Não sendo a mera gravidade abstrata do delito imputado, o registro de outras infrações administrativas por excesso de velocidade, tampouco a presunção de eventual influência no ânimo das testemunhas presenciais, fundamentos idôneos a justificar a prisão preventiva”, afirmou.
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Com isso, os desembargadores mantiveram as medidas cautelares impostas na primeira instância, rejeitando o recurso do MPBA por unanimidade.
Acidente
O grave acidente aconteceu, no dia 16 de agosto, em frente à Igreja Nossa Senhora da Luz, no bairro da Pituba, onde dezenas de pessoas participavam de um treino coletivo. O motorista dirigia um carro modelo Onix, segundo a Transalvador.
Com o impacto do atropelamento, o corredor teve as duas pernas quebradas e foi socorrido para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde permanece em estado grave. No início desta tarde, a advogada do atleta, Rosângela Passos, confirmou que o amputação de uma das pernas do corredor após o grave acidente.
Além da vítima, o acidente também causou "danos estruturais em um quisoque, derrubou um coqueiro pequeno e um piquete de cimento". Na ocasião, o veículo foi retirado pelo guincho da Transalvador.
O herdeiro da vereadora Débora Santana foi autuado por lesão corporal culposa de natureza grave ou gravíssima na direção de veículo automotor com a capacidade psicomotora alterada e por conduzir veículo com a capacidade psicomotora alterada por substância psicoativa, ainda conforme a nota da Polícia Civil.
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